sexta-feira, 3 de novembro de 2017

O QUE É SER PASTOR?







Por Pr. Silas Figueira

Ser pastor em primeiro lugar é ser humano. Alguém que vive os mesmos dilemas que qualquer membro da comunidade cristã vivencia. É viver a vida com graça, e manifesta a graça do Senhor, mesmo quando as circunstâncias são adversas.
Ser pastor é ter a consciência de que foi escolhido por Deus, para fazer parte do grupo que exerce o mais excelente ministério (1Tm 3.1). É fazer parte do grupo que desiste dos seus sonhos profissionais e de sua carreira para sonhar os sonhos que o Senhor tem traçado para sua própria vida.
Ser pastor é doar-se aos demais. É ser uma pessoa aberta e sempre acessível aos seus irmãos e também ao seu próximo. Isto implica muitas vezes ter que abdicar de horas de sono. É necessário em muitos casos, vencer o seu cansaço para poder ajudar alguém ou até mesmo ter uma palavra amiga para uma pessoa aflita ou alguém que está em sofrimento.
Ser pastor é ser mensageiro de Deus. Anunciador das boas novas. É ser uma voz que clama com ousadia. Muitas vezes, a mensagem será dura, outras promoverá conforto e consolo. Muitos compreenderão os seus pecados e render-se-ão aos pés do Salvador. Ser pastor é ser voz e nada, além disto.
Ser pastor é ser guia. O pastor segue o caminho antes dos demais. Orienta os seus irmãos e mostra-lhes qual o caminho que deve ser seguido. Isto significa que, enquanto todos estão em segurança, muitas vezes o pastor está a percorrer o pântano tenebroso para poder conduzir o rebanho ao qual serve em segurança (Sl 23.4). Ele não abandona os seus, está presente na hora da angústia a guiá-los em segurança.
Ser pastor é chorar em silêncio. É sofrer sozinho. É ser alguém que tira forças de onde muitas vezes parece que já não existe nenhuma para poder fortalecer os que em sofrimento lhe procuram. É ser consolado pelo consolo e conforto que vê que promoveu na vida dos seus irmãos. É alegrar-se na vitória daqueles que ele tanto ama.
Ser pastor é fundamental e acima de tudo, é ser um cristão salvo pela graça do Senhor Jesus. É alguém que compreendeu que sua vida não faz sentido sem a comunhão e intimidade com o Senhor e o seu povo.1
Podemos dizer com isso que o pastor não é um voluntário, mas uma pessoa chamada por Deus. Sua motivação não está em vantagens humanas, mas em cumprir o propósito divino. O ministério não é um palco de sucesso, mas uma arena da morte. O ministério não é um camarim onde colocamos máscaras e assumimos um papel diferente daquele que, na realidade, somos, mas é um campo de trabalho cuja essência é a integridade. Abraçar o ideal do ministério é abrir mão de outros ideais.2 O ministério é árduo, espinhoso, difícil. Só mesmo os chamados resistem. Dois vocábulos são usados por Paulo em 1 Coríntios 4.1, Uperetes (ministro) e oikonomos (despenseiro, mordomo) significando remador e administrador respectivamente. Todos os dois no sentido de serviço laborioso, organizado e sistemático.
“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1Co 4.1).
A palavra “ministro” na língua portuguesa representa o primeiro escalão do governo. No entanto, se olharmos a palavra “ministro” no campo religioso, estaremos falando de alguém que exerce a função de líder religioso na igreja local. Todavia, a palavra usada pelo apóstolo Paulo para definir o ministro nos dá uma ideia totalmente contrária. A palavra grega usada é Uperetes, que significa um remador de galés. Essa palavra era utilizada para a classe mais simples de escravos. A palavra Uperetes só aparece aqui em todo o Novo Testamento. Nos grandes navios romanos existiam as galés, que eram porões onde trabalhavam os escravos sentenciados à morte e eles prestavam um último serviço antes de morrer. Eles tinham seus pés amarrados com grassas correntes e trabalhavam à exaustão sob o flagelo dos chicotes até à morte. Paulo está dizendo para não colocarmos os holofotes sobre um homem, porque importa que os homens nos considerem uperete e não como capitães do navio. O ministro da igreja é um escravo já sentenciado à morte, que deve obedecer às ordens do Capitão do navio, o Senhor Jesus.3 
Paulo utiliza agora uma nova figura. Ele diz que o pastor é um despenseiro ou mordomo. A palavra grega utilizada por Paulo é oikonomos, de onde vem a palavra mordomo. O ministro é um despenseiro, aquele que toma conta da casa do seu senhor. Em relação ao dono da casa, o mordomo era um escravo, mas em relação aos outros serviçais, ele era o superintendente. O mordomo era a pessoa que cuidava da despensa, da dieta, da alimentação de toda a família. Ele era um escravo de confiança da casa. O que isso nos sugere?
a). Não é competência de o mordomo prover o alimento para a família; essa era uma responsabilidade do dono da casa. O ministro do evangelho não tem de prover o alimento, porque esse já foi provido. Esse alimento é a Palavra de Deus. Reter a Palavra ao povo é um pecado. 
b). Não era função do mordomo buscar outra provisão ou qualquer alimento que não fosse pelo senhor. A Palavra de Deus deve ser ensinada de formas variadas. Paulo diz para ensinarmos todo conselho de Deus (At 20.27). Nos dias atuais nenhum homem ou mulher recebe mensagens novas de Deus. Tudo o que Deus tem para nós já está nas Escrituras. A pregação de hoje não é revelável, mas expositiva.
c) A função do mordomo era servir as mesas com integridade. O ministro não é um filósofo que cria a sua própria filosofia. Não é assim o despenseiro. Ele não cria uma doutrina, uma teologia ou uma ideia a fim de aplicá-la e ensiná-la. Cabe a ele transmitir o que recebeu. E Paulo sempre usa essa expressão: “[Eu] vos entreguei o que também recebi” (1Co 11.23; 15.3).4
Os ministros deverão ter chamada específica e caracterizar-se por fidelidade, piedade, responsabilidade, integridade e ter familiaridade com a palavra de Deus. Hoje em dia, é muito fácil encontrarmos obreiros administradores, construtores e sistemáticos dentro de padrões humanos. Porém a obra carece de obreiros que distribuam o alimento, que é a Palavra, diretamente de Deus aos corações, e isto será feito a partir da utilização de dons que destacam o lado espiritual da obra de Deus, em contraste com as obras meramente humanas como construções, aquisições e conceitos baseados na lógica e ciência puramente humana.
O verdadeiro obreiro também será aquele que sabe conviver com responsabilidade de seu chamado e as críticas que advirão desta chamada. Somos vitrine, expostos a juízos: de Deus, da Igreja, de nós mesmos e da sociedade como um todo.
Façamos das palavras de Paulo a Timóteo nosso lema: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15).

O obreiro como ministro de Cristo, deverá acima de tudo ter a habilidade de abrir portas, caminhos (construir pontes), unir distâncias, pessoas e vidas. Em suma, não haverá portas fechadas aos servos de Deus, no que depender do seu testemunho.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O MELHOR EM TREINAMENTO DE CAPACITAÇÃO CRISTÃ







 

20 HABILIDADES IMPRESCINDÍVEIS A QUALQUER PROFISSIONAL


Conheça as 20 habilidades profissionais mais procuradas pelas grandes empresas atualmente


 
Todos querem trabalhar numa excelente corporação. Todos querem estar nas "Melhores Empresas Para Se Trabalhar". O que nem todos captam, é que quem faz esta ou aquela empresa ser uma organização bem quista por todos, são as pessoas. São os funcionários, os capitais humanos que faz com que uma empresa cresça e se multiplique em seu nicho mercadológico. Logo, o que faz uma empresa ser melhor para se trabalhar é a própria pessoa que nela atua.
Várias pessoas têm conversado comigo, seja após minhas palestras, seja quando me contratam para ministrá-las, e me perguntam quais habilidades esses profissionais devem ter para fazer de qualquer organização, uma empresa melhor. Como estou sempre observando o ambiente onde me encontro, para identificar tendências e analisar como é o comportamento das pessoas, pude perceber quais são as necessidades das organizações, e quais são os profissionais que estão um passo à frente dos demais.

Procurei sintetizar o que observei para poder compartilhar com você um pouco dessas habilidades, que, creio, são imprescindíveis. Noto que essas habilidades fazem parte das pessoas que possuem um perfil empreendedor. Nas minhas palestras, costumo dizer que, se eu fizesse parte dos Recursos Humanos de uma empresa, somente contrataria uma pessoa que tivesse brilho nos olhos, uma "cara de orgasmo", ou seja, que fosse cheia de vitalidade, de energia, que não vê a hora de arregaçar as mangas e começar a fazer aquilo que ela tem de melhor, porque ela tem consciência do que pode agregar e o que pode fazer de diferente em seu ambiente profissional.
Além desse brilho único no olhar e da consciência da relevância que ela tem no que faz, eu destaco ainda outras habilidades:
1) Integridade e coerência. Revela a capacidade que o profissional tem de se relacionar. Faz com que as outras pessoas se comprometam e cooperem com ele. Para isso é preciso confiança dentro de uma organização, bem como potencializar alguns pontos do profissional: analisar as situações em que houve um descomprometimento com alguma tarefa; informar aos outros quando não irá poder cumprir com uma tarefa, para não perder sua credibilidade; aplicar os feedbacks em suas ações; reconhecer seus erros perante os demais; fazer um planejamento, como um fluxograma, dos compromissos adquiridos que devem ser cumpridos.
2) Flexibilidade. É a atitude para lidar com os imprevistos e contornar os momentos de crise. Para isso, tem que se “treinar” a improvisação. Mas como? Há alguns pontos que ajudam esse treinamento: reduzir o tempo que se emprega planejando uma tarefa; sempre que puder troque um trabalho que exige minuciosidade e morosidade por ações; trabalhe com equipes que contenham uma diversidade de pessoas, que vai te ajudar a aceitar que não existem verdades absolutas; crie o costume de pedir a opinião para toda sua equipe, e observe os vários pontos-de-vista para resolver um determinado problema; marque num papel os motivos que o levaram a determinar certa decisão, e se você os mantém ou não quando a situação muda de rumo.
3) Autoconfiança e autoconhecimento. Essas habilidades são importantes para você assumir riscos e ter segurança, são ótimas para o espírito empresarial, visando ser um líder e empreendedor. Para isso saia da sua zona de conforto e comece a ter uma visão mais ampla de até onde você pode chegar; marque num papel seus objetivos, circule os que já alcançou e sempre determine novos; fuja das pessoas muito protetoras e de superiores que não delegam tarefas, limitando sua capacidade; para melhorar seu autoconhecimento tente enxergar como as pessoas ao seu redor o veem, ou procure um especialista no assunto, como um terapeuta, para melhorar suas capacidades pessoais.
4) Intuição. Deixar guiar-se pela sua intuição pode ajudar a livrar-se de um problema rapidamente, quando há escassez de tempo, e ajuda a melhorar sua capacidade de criação. Para isso é preciso aprender a pensar intuitivamente, como um “efeito helicóptero”, que significa ver as coisas de cima com uma certa distância; tente resolver um problema que pode até ser óbvio para os outros, e encontre mais de uma solução; quando tiver que explicar situações complexas, crie o hábito de simplificar as informações, identificando o ponto-chave para aqueles que concordam com a sua argumentação.
5) Capacidade crítica. Habilidade para analisar criticamente toda tarefa que lhe é delegada. Como se, todo projeto ou trabalho seja, feito com todos os prós e contras. Segundo os especialistas essa é uma das habilidades mais difíceis de se desenvolver, porém há algumas maneiras de exercitá-la: tente utilizar o lado mais racional do cérebro, evitando tomar decisões baseadas nas emoções; melhore sua capacidade de enxergar a realidade, analisando separadamente cada uma das partes que condicionam a solução de um problema, e peça a ajuda de outras pessoas para descobrir novos fatores que você não havia percebido; crie o hábito de marcar num papel qual o motivo lógico (racional) que o levou a chegar a determinada conclusão; discipline sua mente para criar todas as argumentações possíveis para defender suas ideias, sem se esquecer os detalhes como datas e investimentos.
6) Iniciativa. Serve para tornar as ideias boas em prática. É agir com velocidade e inovação. Para potencializar essa habilidade: ofereça ajuda para resolver situações difíceis e imprevisíveis; se tem tendência a evitar os riscos, passe a considerar os erros cometidos no passado como novas oportunidades para aprender; desenvolva atividades que estão coligadas à iniciativa como delegar tarefas, análise de custo-benefício; clarifique suas prioridades para colocá-las em prática.
7) Compreensão. Refere-se a compreensão e domínio da cultura da organização, otimizando o relacionamento de todos aqueles que trabalham, para ter um bom relacionamento com colegas, clientes e fornecedores. Para isso analise sua organização internamente, averigue seu funcionamento e saiba dos obstáculos que possa vir a enfrentar; quando te anunciam um caminho, tente descobrir como as outras pessoas da organização reagirão em relação a esta nova meta.
8) Competitividade. Ter metas claras, não se deter em chegar ao objetivo comum. Preocupar-se em realizar um excelente trabalho, ir além dos objetivos determinados por seus superiores, ter tendência a inovar e desfrutar coisas que antes não conseguia. Todos esses fatores referem-se a uma competitividade sadia, um passo para o sucesso. Esta habilidade está intimamente ligada às suas emoções e motivações pessoais. Questionar sobre seus objetivos e metas; sobre aquilo que realmente gosta de fazer e evitar rotinas de trabalho, sempre inovando, é um modo de potencializar essa habilidade.

9) Visão no cliente. Descobrir os desejos ocultos do outro, investir tempo sobre as necessidades das outras pessoas e clientes, enfim, detectar aquilo que satisfaz o cliente. Para potencializar essa habilidade: controle suas emoções e tenha flexibilidade para relacionar-se com os diversos tipos de pessoas; quando tem que lidar com clientes que não são muito claros naquilo que desejam, aprenda a questioná-los, para detectar sua real necessidade e desejos; tente manter-se sempre disponível para o cliente; seja simpático; desenvolva um histórico de pedidos de todos os seus clientes, para que quando eles entrarem em contato, você possa otimizar a comunicação.

10) Compreensão interpessoal e empatia. Ter sensibilidade para lidar com todos, satisfazer aos demais, tornar-se o líder do grupo graças a sua empatia. Esta é a habilidade chave, principalmente para aqueles que lidam diretamente com o atendimento ao cliente e profissionais na área de prestação de serviços, pois cabe a esses profissionais identificar com empatia aquilo que seus clientes realmente necessitam. Na verdade, a empatia se desenvolve com a prática, primeiro conscientemente (tomando notas do que o outro diz, escutando dúvidas e necessidades), e depois convertendo isso num hábito diário.

11) Capacidade de liderança. É a capacidade natural dos outros seguirem a você. Se você tem facilidade em motivar seus colegas de trabalho, e eles sempre pedem a sua opinião para tomar decisões importantes, você já tem essa capacidade dentro de si. Fazer com que os superiores também te sigam é uma boa proposta. Para potencializar ainda mais essa capacidade, dedique uma parte do seu tempo para escutar os demais da equipe, conhecer os problemas pelos quais estão passando e deixar claro que eles podem confiar em você para alcançarem suas metas; tente ganhar o respeito dos demais por meio de suas atitudes, trabalhando com coerência e dando sempre o bom exemplo.

12) Persuasão. Influenciar e persuadir os demais para alcançar os objetivos propostos é uma habilidade muito poderosa. Alguns têm um inexplicável magnetismo com os outros membros da equipe, para que eles deem o melhor de si. Mas, para conseguir ganhar mais capacidade de persuasão, há algumas dicas: melhore sua capacidade de comunicação e a maneira de pôr no papel o planejamento das metas; seja coerente em tudo o que diz ou faz, pois é a segurança de sua credibilidade, e assim poderá fazer com que os outros te sigam. Apenas não confunda essa poderosa habilidade de persuadir com a de manipular as pessoas, pois nesse caso essa capacidade deixa de trazer benefícios profissionais para você.

13) Relacionamentos/Pessoas. Manter relações de longo prazo com os colegas de trabalho fora do ambiente profissional; dominar as habilidades interpessoais importantes, como escutar os outros; trabalhar orientando-se nas pessoas e não nas tarefas. Essas e outras atitudes pertencem a uma habilidade muito valiosa e bem requisitada no meio corporativo pelas grandes empresas: a capacidade de relacionamento interpessoal. Para aprimorar essa habilidade: compartilhe com os demais seus assuntos pessoais; escolha pessoas que mais têm afinidade contigo, e estabeleça uma relação de confiança dentro e fora do ambiente de trabalho; trate cada um de forma personalizada; amplie sua rede de relacionamentos, entrando em contato com pessoas novas em reuniões, por exemplo.

14) Coaching. A palavra coach em português significa treinador, mentor. Quem tem a habilidade de “coaching” é aquela pessoa capaz de observar o trabalho em equipe e identificar quais os indivíduos são mais adequados para executar determinada tarefa; consegue abranger as necessidades pessoais de cada um com as necessidades da empresa como um todo e se preocupa para que toda equipe se desenvolva e cresça profissionalmente. Para aprimorar sua capacidade de coach, é preciso primeiramente se espelhar em um outro coach, que te ajude a identificar suas próprias fortalezas, e fazer com que você desenvolva-se profissionalmente, cada vez mais.

15) Trabalho em equipe. Se sentir bem em estar colaborando com todas as pessoas, em que elas também lhe digam o que deve fazer; escutar e respeitar as opiniões alheias diversas das suas; preferir trabalhar em conjunto para alcançar um objetivo comum a trabalhar sozinho para almejar por metas individuais. Essas são atitudes daqueles que possuem essa brilhante capacidade de trabalhar em equipe. Aprender a aceitar críticas; aprender a delegar tarefas; pedir opiniões para os demais e eliminar as barreiras formais em situações rotineiras são formas de você potencializar mais essa habilidade.

16) Visão do negócio. Para aqueles que se preocupam em estar sempre atualizados; têm a própria opinião sobre em qual lugar está sua organização e para onde ela irá caminhar e é capaz de prever as conseqüências das suas decisões antes que elas virem um problema. Essas são as características de quem já possui essa habilidade, de aguçar seu faro para um todo. Para potencializar ou começar a treiná-la: desenvolva seu lado e sua curiosidade intelectual, acostumando-se a ler livros, revistas e jornais periódicos; dedique uma parte do seu tempo para planejar, analisar e estabelecer prioridades na sua área de atuação; para prever possíveis conseqüências no futuro, passe a analisar a realidade do mercado em longo prazo, contrastando dados do passado com dados do presente.

17) Autocontrole das emoções. Controlar as situações difíceis e ter capacidade para suportar com naturalidade as situações de máximo estresse. Essas são algumas das características das pessoas que possuem essa habilidade. Para otimizar o controle das suas emoções, ou começar a ter essa habilidade: tome as decisões importantes em momentos de lucidez e não quando você estiver de mal humor; aprenda a frear as reações negativas, contar até 10 já começa a resolver, ou peça para que alguém te ajude a se controlar; pare para respirar se necessário; potencialize sua habilidade interpessoal com os demais, assim você entenderá os pontos-de-vista dos outros, o que lhe ajudará a compreender melhor suas reações negativas em alguns momentos.

18) Comunicação e negociação. Aqueles que têm a capacidade para iniciar conversas com todos os tipos de pessoas e que, quando explicam assuntos complexos aos demais, conseguem fazer com que eles captem a mensagem logo em seguida. Essas são características das pessoas que possuem a habilidade da comunicação e negociação em evidência. Para otimizar ainda mais essa habilidade: use o feedback para descobrir quais são os obstáculos que te limitam quando se comunica com os demais; para evitar mal-entendidos, use sempre expressões como “ajude-me a.…”, assim você consegue negociar e delegar tarefas aos demais.

19) Agilidade para tomar decisões. Não deixe que uma análise excessiva dos fatos faça com que você não tome decisões, te paralise. Essa habilidade se encaixa perfeitamente nas áreas em que se exijam resultados imediatos e decisões estratégicas, sem perder tempo em longas reuniões. Para otimizar: sempre analise todas as informações possíveis antes de tomar uma decisão, evite agir sob pressão; crie o hábito de anotar como você resolve os problemas mais complexos, assim quando tiver que tomar uma decisão difícil, já saberá como resolvê-los.

20) Aprendizado e desenvolvimento pessoal. Aqueles que estão dispostos a iniciar novas tarefas e buscar novos enfoques ou novos modos de fazer as coisas; sentem-se mais motivados com o desenvolvimento pessoal do que com as recompensas materiais que possam vir a ter. Essas são algumas das características que essa habilidade influi. Para otimizar ainda mais ou desenvolver essa habilidade: tente melhorar sua autocrítica com os feedbacks, pois, com eles os outros lhe informam o que está indo bem e mal com você. Se você for capaz de assumir suas críticas e erros será capaz de desenvolver qualquer aprendizado.

FONTE: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/20-habilidades-imprescindiveis-a-qualquer-profissional/614/


O QUE FOI A REFORMA PROTESTANTE? É POSSÍVEL UMA NOVA REFORMA?


O Que Foi a Reforma Protestante? É Possível Uma Nova Reforma?



A Reforma Protestante foi um fenômeno que ocorreu no século 16 na Europa e resultou na divisão da Igreja entre Católicos e Protestantes. Os Protestantes questionaram as doutrinas e o rumo da Igreja Medieval que atravessava um período de grande crise e se afastava cada vez mais das Escrituras.
O principal foco da Reforma Protestante foi espiritual, mas além do fator religioso, o movimento de reforma também abrangeu elementos políticos, econômicos, sociais e intelectuais.
A origem da Reforma Protestante

O contexto histórico revela que foi a união de diversos fatores que resultaram na Reforma Protestante. De forma bastante resumida, podemos pontuar os principais elementos que compuseram aquele ambiente histórico entre séculos 14 e 16 da seguinte forma:

1.    A economia estava sofrendo uma grande mudança, com o modelo feudal em declínio e o fortalecimento da burguesia.

2.    Houve também o surgimento dos Estados Nacionais originando os países modernos da Europa e causando uma descentralização no poder político, resultando, inclusive, em uma grande tensão entre o Estado e a Igreja.

3.    O conflito entre o Estado e a Igreja levou a um declínio do Papado. Nesse período ocorreu o chamado “Cativeiro Babilônico da Igreja” (1309-1377), quando a administração da Igreja foi transferida de Roma para a França. Logo depois também ocorreu o “Grande Cisma”, um período em que até três papas rivais disputaram a liderança da Igreja simultaneamente.

4.    Nesse contexto também houve a guerra entre Inglaterra e França, a Guerra dos Cem Anos, além de um aumento descomunal da mortalidade causado por várias epidemias, como a Peste Negra.

5.    Nesse momento já havia a manifestação de movimentos pró-reforma que antecederam a reforma do século 16. Embora alguns desses movimentos estavam muito ligados à luta por uma reforma moral, alguns homens lideraram movimentos de oposição direta a teologia da Igreja Medieval. Estes homens são chamados de pré-reformadores, dos quais se destacam John Wycliffe e John Huss. Conheça quem foram os pré-reformadores da Igreja.

6.    Também surgiram os chamados “Movimentos Devocionais”. Esses movimentos não protestavam contra as doutrinas da Igreja, mas se concentravam na vida devocional. Mais tarde, esses movimentos também exerceram certa influência sobre os reformadores.

7.    No âmbito intelectual, nesse período da Renascença ocorreu também o movimento do humanismo. Entre os humanistas bíblicos, cresceu o interesse pelo estudo da Bíblia nas línguas originais em que ela foi escrita. Aqui se destaca a publicação do Novo Testamento Grego por Erasmo de Roterdã, uma obra que foi muito utilizada pelos reformadores.

A Igreja antes de Reforma

Falando especificamente sobre a Igreja do final da Idade Média, o que se podia ver era um distanciamento profundo das Escrituras. Além de toda corrupção na liderança da Igreja e em seu envolvimento com o Estado que causava muita insatisfação, as pessoas eram doutrinadas sob uma religiosidade baseada nos méritos humanos.
A doutrina da justificação pela fé havia sido substituída por uma teologia que ensinava a salvação pelas obras. O ensino bíblico acerca do pecado havia sido banalizado com um verdadeiro comércio de perdão de pecados.

As pessoas podiam comprar garantias de sua salvação pessoal através das cartas de indulgências. Logo, o arrependimento nem mesmo era mais requerido para o perdão de pecados, bastando apenas uma doação generosa para a Igreja. Segundo a liderança da Igreja, as indulgências poderiam, inclusive, resolver o problema de pessoas que já tinham morrido e que supostamente estavam no purgatório.
O início da Reforma Protestante do século 16

Apesar da existência anterior de outros protestos contra as doutrinas da Igreja Medieval, foi apenas no século 16 que o movimento de reforma alcançou proporções gigantescas e mudou definitivamente o Cristianismo mundial.
Vivendo sob esse ambiente obscuro, tanto teológico quanto moral, um monge agostiniano nascido na Saxônia, Martinho Lutero, resolveu protestar contra os abusos da Igreja. Então em 1517 Lutero pregou 95 Teses na porta da Capela de Wittenberg falando especialmente contra a questão das indulgências e apontando para a verdadeira doutrina bíblica da justificação pela fé.

A intenção de Martinho Lutero não era dividir a Igreja, mas convidar os teólogos a um debate e reflexão, com o objetivo de promover uma reforma na igreja de dentro para fora, a fim de que ela retornasse às Escrituras e se tornasse mais semelhante a Cristo.
O protesto de Lutero foi motivado por seu estudo cuidadoso das Escrituras, especialmente nos ensinos do apóstolo Paulo acerca da salvação pela graça e não por obras. Um texto que mudou a visão teológica de Lutero definitivamente foi Romanos 1:17, quando ele leu que o justo viverá pela fé.

Tendo seu entendimento acerca das Escrituras iluminado pelo Espírito Santo, aquele monge alemão não poderia mais tolerar os abusos doutrinários da Igreja, nem se calar diante da distorção do Evangelho.
A liderança da Igreja não admitiu o protesto de Lutero, e nem aceitou seu convite para um debate (disputa escolástica). Ao invés disso, a Igreja excomungou o monge alemão, condenando-o como herege, e começou a persegui-lo. Todo esse episódio abriu as portas para a Reforma Protestante.

Movimentos Protestantes
A Reforma Protestante foi um movimento heterogêneo, de modo que várias manifestações ocorreram nos países europeus. No geral, esses movimentos de reforma concordavam sobre os pontos centrais da fé cristã, mas discordavam em questões secundárias.
Os principais movimentos protestantes foram:
·         Luteranos, com a reforma na Alemanha sob a liderança de Martinho Lutero e Filipe Melanchton.
·         Reformados, com a reforma em Zurique sob a liderança de Ulrico Zuínglio e em Genebra com João Calvino.
·         Anabatistas, também em Zurique com Conrad Grebel e Felix Mantz, mas de forma mais radical, conflitando inclusive com Zuínglio.
·         Anglicanos, com a reforma na Inglaterra sob a liderança de Henrique VIII e depois Eduardo VI e Maria I.
Depois do século 17, especialmente derivados dos movimentos de reforma na Suíça e na Inglaterra, surgiram novos grupos protestantes, como por exemplo, os presbiterianos, batistas, congregacionais e metodistas. Estes grupos foram importantíssimos na área de missões, com destaque para a evangelização das Américas. Saiba também quem foram os grandes reformadores do século 16.

As principais doutrinas da Reforma
De forma geral, o movimento de Reforma baseava-se em três pontos principais:
1.    A centralidade das Escrituras (Sola Scriptura), rejeitando a ideia de revelação continuada e enfatizando que somente a Bíblia é a Palavra de Deus infalível e inerrante, de modo que ela está completa e possui plena autoridade sobre todos, e nenhuma tradição jamais poderá equipará-la (Tota Scriptura).

2.    A justificação pela fé, rejeitando qualquer ideia de justificação pelas obras que resultaria numa salvação meritória. Mais tarde esse ponto acerca da verdade bíblica sobre a obra da salvação foi sintetizado nos lemas: Sola Gratia (somente a graça), Solus Christus (somente Cristo), Sola Fides (somente a fé) e Soli Deo Gloria(somente a Deus a glória).

3.    O sacerdócio de todos os crentes, entendendo que o único intermediário entre Deus e o homem é Cristo, e que através de sua obra todos os cristãos verdadeiros são feitos reis e sacerdotes, no sentido de que eles possuem acesso direto a Deus. Com isso, o conceito de divisão entre clero e leigos foi rejeitado, visto que a Igreja é a comunhão dos fiéis.

As consequências da Reforma
A Reforma Protestante causou uma divisão irreversível na Igreja Ocidental. Essa divisão foi acompanhada de muitos conflitos violentos entre católicos e protestantes. Infelizmente as pessoas matavam em nome da fé.

Para tentar combater os movimentos protestantes, a Igreja Católica promoveu o que ficou conhecido como “Contra-Reforma”, onde a Inquisição foi um dos instrumentos utilizados. Também houve um tipo de Reforma Católica, com a tentativa de resolução de alguns erros e problemas do próprio catolicismo.
Apesar de tudo isso, a Reforma Protestante levantou a bandeira do Evangelho fazendo com que despertasse novamente aquele Cristianismo fundamentado nas Escrituras, um Cristianismo cujo centro é Cristo, semelhantemente a Igreja do período apostólico. A Reforma Protestante foi o maior movimento espiritual desde o Pentecostes (Atos 2). Entenda o que foi o Pentecostes.

É possível uma nova Reforma hoje?
Depois de 500 anos, muitas pessoas se perguntam se é possível uma nova Reforma, visto a realidade lamentável em que se encontra grande parte das comunidades protestantes. Todavia, é claro que uma reforma como a que ocorreu no século 16 não será mais possível.
Como vimos, uma série de fatores num ambiente histórico específico convergiram para o fenômeno da Reforma Protestante, e isso nunca mais se repetirá. Além do mais, quando a Reforma aconteceu só havia uma Igreja (com exceção da Igreja Oriental) que precisava ser reformada.
Já na atualidade, temos milhares de igrejas que se distanciaram em menor e maior grau das Escrituras. Isso significa que embora uma Reforma como a que teve lugar no século 16 não seja mais possível, a verdade é que a Igreja continua clamando por reforma.
Independentemente da época, Satanás sempre levanta seus agentes para tentar distorcer e manipular a Palavra de Deus, de modo que os verdadeiros cristãos são diariamente apresentados diante de novos desafios em que é preciso defender a causa do Evangelho.
Por esse motivo a frase do teólogo reformado Gisbertus Voetius (1589-1676) é tão pertinente: Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est, que significa “A Igreja é Reformada e está sempre se reformando”.

Apesar de também ser muito distorcida por grupos de pseudocristãos, essa frase indica a necessidade constante de a Igreja estar preocupada em se parecer mais e mais com Cristo e em sempre se aproximar das Escrituras como seu alvo principal, entendendo que a Palavra de Deus jamais muda.
É por isso que o grande destaque da reforma não foram as 95 Teses de Lutero, ou os 67 Artigos de Zuínglio, nem mesmo as Institutas de Calvino. O grande destaque foi a Bíblia, a Palavra de Deus.
Os reformadores não descobriram novas doutrinas, mas apenas redescobriram as verdades imutáveis das Escrituras que tinham sido escondidas pelo entulho das tradições humanas. Isso significa que o verdadeiro agente reformador da Igreja não foi nenhum desses nomes, mas o próprio Espírito de Deus.
A Igreja genuína continua em reforma porque ela é Templo do Espírito Santo, e jamais deixará que tradições ou mesmo inovações e pensamentos relativistas e subjetivos soterrem a verdade do Evangelho. A Reforma Protestante do século 16 nos lembra da necessidade de não se dobrar ao pecado e da importância de se retornar às Escrituras quantas vezes forem necessárias.
FONTE: https://estiloadoracao.com/reforma-protestante/

A HISTÓRIA DO APÓSTOLO PAULO

  

A HISTÓRIA DO APÓSTOLO PAULO


Paulo de Tarso, o Apóstolo Paulo, sem dúvida é um dos personagens bíblicos mais conhecidos por todos os cristãos, sendo reconhecido como o maior líder do cristianismo. Neste texto, nós conheceremos mais sobre a história de Paulo, autor de treze epístolas presentes na Bíblia.

Biografia do Apóstolo Paulo:

Quem foi Paulo de Tarso?

Paulo, nome romano de Saulo, nasceu em Tarso, na Cilícia (At 16:37; 21:39; 22:25). Tarso não era um lugar insignificante (At 21:39), ao contrário, era um centro de cultura grega, uma cidade universitária que ficava próxima da costa nordeste do Mar Mediterrâneo. Embora tenha nascido um cidadão romano, Paulo era um judeu da Dispersão, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin, e membro zeloso do partido dos Fariseus (Rm 11:1; Fp 3:5; At 23:6).

A infância e adolescência do Apóstolo Paulo tem sido um tema de grande debate entre os estudiosos. Alguns defendem que o Apóstolo Paulo passou toda sua infância em Tarso, indo apenas durante sua adolescência para Jerusalém. Outros defendem que Paulo foi para Jerusalém ainda bem pequeno, passando, então, sua infância longe de Tarso. Na verdade, desde seu nascimento até seu aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos, conforme os relatos do livro de Atos dos Apóstolos, há pouca informação sobre a vida do Apóstolo Paulo.

Embora não se sabe ao certo com quantos anos o Paulo saiu de Tarso, sabemos com certeza que ele foi educado em Jerusalém, sob o ensino do renomado doutor da lei, Gamaliel, neto do também famoso Hillel. Paulo, então, conhecia profundamente a cultura grega, falava o aramaico, herdeiro da tradição do farisaísmo, estrito observador da Lei, e mais avançado no judaísmo do que seus contemporâneos (Gl 1:14; Fp 3:5,6). Considerando todos estes aspectos, podemos afirmar que sua família possuía alguns recursos e era de posição proeminente.

O fato de Paulo possuir cidadania romana é algo que merece consideração. Estima-se que dois terços da população do Império Romano não possuem cidadania romana. Paulo herdou sua cidadania romana de seu pai. Não se sabe como o pai do Apóstolo conseguiu tal cidadania, mas um dos meios a qual alguém conseguiu a cidadania romana era prestar algum serviço relevante ao governo romano. A cidadania romana concedia alguns privilégios, dentre os principais podemos citar:

·         A garantia do julgamento perante César, se exigido, nos casos de acusação.
·         Imunidade legal dos açoites antes da condenação.
·         Imunidade em relação à crucificação, a pior forma de pena de morte da época.

Paulo de Tarso como perseguidor:

No livro de Atos dos Apóstolos, somos informados que quando Estêvão foi apedrejado, suas vestes foram depositadas aos pés de Paulo (At 7:58). Após esse episódio da morte de Estêvão, Paulo assumiu uma posição importante na perseguição aos cristãos, recebendo autoridade oficial para liderar tais perseguições e, na qualidade de membro do concílio do Sinédrio, dava o seu voto a favor da morte dos cristãos (At 26:10).
O próprio Paulo afirma que “respirava ameaça e morte contra os discípulos do Senhor” (At 9:1). Além de deflagrar a perseguição em Jerusalém, ele ainda solicitou cartas ao sumo sacerdote para as sinagogas em Damasco, para que levasse preso para Jerusalém qualquer um que fosse seguidor de Cristo, tanto homens quanto mulher (At 9:2). Paulo perseguia e assolava a Igreja de Deus (Gl 1:13), acreditando que ao fazer isso estava servindo a Deus e preservando a pureza da Lei.
A conversão de Paulo de Tarso:

As narrativas no livro de Atos, e as notas do próprio Apóstolo em suas epístolas, sugerem uma súbita conversão. Entretanto, alguns intérpretes defendem que algumas experiências ao longo de sua vida, devem tê-lo preparado previamente para aquele momento, por exemplo, a experiência do martírio de Estêvão (At 8:1) e sua campanha de casa em casa para perseguir os cristãos (At 8:3; 9:1,2; 22:4; 26:10,11). O que sabemos é que Paulo partiu furiosamente em direção a Damasco com o intuito de destruir a comunidade cristã daquela cidade. De repente, algo inesperado aconteceu, algo que causou uma mudança radical, não só na vida de Paulo de Tarso, mas no curso da História.


Ao escrever Atos, Lucas interpreta esse momento como um ato miraculoso, um momento em que um inimigo declarado de Cristo transformou-se em Apóstolo seu. Os homens que estavam com Paulo ouviram a voz, mas não compreenderam as palavras, ficaram espantados, mas não puderam ver a Pessoa. Por outro lado, Paulo viu o Cristo ressurreto e ouviu suas palavras. Esse encontro foi tão importante para Paulo que a base da sua afirmação para o apostolado está fundamentada nessa experiência (1Co 9:1; 15:8-15; Gl 1:15-17). Considerando que Paulo não havia sido um doze discípulos de Jesus, além de ter perseguido seus seguidores, a necessidade e importância da revelação pessoal de Cristo para Paulo fica evidente. Essa experiência transformou Paulo de Tarso profundamente como podemos ver:
·                  Respondeu ao chamado de Cristo: o primeiro aspecto da mudança na vida do Apóstolo Paulo pode ser percebido quando, imediatamente, ele responde à voz de Cristo: “Senhor, que queres que eu faça? ” (At 9:6). Ali foi o começo de um novo relacionamento com Cristo (Gl 2:20).

·                  De perseguidor a pregador do Evangelho: a mudança radical que atingiu a vida do Apóstolo Paulo fica evidente na mensagem que ele começou a pregar na própria cidade de Damasco. Isso é impressionante, pois esse era o lugar a qual ele pretendia prender os seguidores de Cristo (At 9:1,2).

·         Mudança de vida total: antes da conversão, Paulo não aceitava a divindade de Jesus, a ponto de acreditar que perseguindo seus seguidores como um animal selvagem (At 26:9-11), tentando força-los a blasfemar contra Jesus (1Co 12:3), estaria fazendo a vontade de Deus. Podemos dizer que ele via Jesus como um impostor. Agora, após a conversão, sua pregação não era outra senão anunciar que Jesus é o Filho de Deus (At 9:20). O Paulo duro, rigoroso, ameaçador e violento de outrora, agora demonstrava ternura, sensibilidade e amor, como podemos perceber em vários de seus escritos.


O início do ministério do Apóstolo Paulo:

Após o encontro que teve com Cristo, o Apóstolo Paulo chegou em Damasco e recebeu a visita de Ananias, o qual também o batizou (At 9:17,18). Foi ali mesmo, naquela cidade, que Paulo começou sua obra evangelística.
Não temos informações detalhadas dos primeiros anos de seu ministério. O que sabemos é que o Apóstolo Paulo pregou rapidamente em Damasco (At 9:20-22) e foi passar um tempo na Arábia (Gl 1:17), embora a Bíblia não esclareça o que ele fez ali, nem mesmo qual o lugar específico da Arábia. Depois retornou a Damasco, onde sua pregação provocou uma oposição tão grande que precisou fugir para salvar sua própria vida (2Co 11:32,33). A fuga em questão foi para Jerusalém (Gl 1:18). Havia completado cerca de três anos de sua conversão. Paulo tentou juntar-se aos discípulos, porém estavam todos receosos com ele, mas Barnabé se dispôs a apresentá-lo aos líderes dos cristãos. Entretanto, seu período em Jerusalém foi muito rápido, pois novamente os judeus procuravam assassiná-lo. Por conta disso, os cristãos decidiram despedir Paulo, uma decisão confirmada pelo Senhor numa visão. Segundo o que ele mesmo afirma em Gálatas 1:18, ele ficou somente quinze dias com Pedro, o que se harmoniza com o relato de Atos 22:17-21. Paulo então deixou Jerusalém antes que pudesse se encontrar com os demais Apóstolos, e antes de se tornar conhecido pessoalmente pelas igrejas da Judéia, embora os crentes de toda a região já ouviam as boas-novas sobre Paulo.

O Apóstolo Paulo então foi enviado à sua cidade natal, Tarso, passando ali um período de silêncio, de cerca de dez anos. Embora esses anos sejam conhecidos como o “período silencioso do ministério do Apóstolo Paulo“, é provável que o Apóstolo tenha fundado algumas igrejas naquela região. Estudiosos sugerem que as igrejas mencionadas em Atos 15:41, tenham sido fundadas por Paulo durante esse período. Certo é que, Barnabé, ouvindo falar da obra que Paulo estava desempenhando, solicitou a presença de Paulo em Antioquia como um obreiro auxiliar, a fim de ajudá-lo numa promissora missão evangelística entre os gentios. Após cerca de um ano, ocorreu um período de grande fome, e, em Antioquia, providenciaram-se contribuições para auxílio aos cristãos da Judéia, as quais foram levadas por Paulo e Silas. Havendo completado sua missão, Paulo e Silas regressaram a Antioquia.

Esse período fui essencial no ministério do Apóstolo Paulo, pois foi ali que sua missão de levar o evangelho aos gentios começou a ganhar força. Foi enquanto estava em Antioquia que o Espírito Santo orientou a igreja a separar Barnabé e Paulo para a obra à qual Deus os chamara, e assim tiveram início as viagens missionárias do Apóstolo Paulo.

As viagens missionárias do Apóstolo Paulo:

O trabalho evangelístico do Apóstolo Paulo abrangeu um período de cerca de dez anos, acontecendo principalmente em quatro províncias do Império Romano: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia. Paulo concentrava-se nas cidades-chave, isto é, nos maiores centros populacionais, pois quando alguns judeus e gentios aceitavam a mensagem do Evangelho, logo se tornavam o núcleo de uma nova comunidade local. Assim, Paulo alcançou até mesmo as áreas rurais. Podemos resumir a estratégia missionária usada pelo Apóstolo Paulo da seguinte forma:
1.    Ele trabalhava nos grandes centros urbanos, para que dali a mensagem se propagasse nas regiões circunvizinhas.
2.    Pregava nas sinagogas, a fim de alcançar judeus e prosélitos gentios.
3.    Focava sua pregação na comprovação de que a nova dispensação é o cumprimento das profecias da antiga dispensação.
4.    Percebia as características culturais e as necessidades dos ouvintes de modo que as aplicava na mensagem evangélica.
5.    Mantinha o contato com as comunidades cristãs estabelecidas por meio da repetição de visitas e envio de cartas e mensageiros de confiança.
6.    Estava atento as desigualdades presentes na sociedade da época, e promovia a unidade entre ricos e pobres, gentios e judeus, além de solicitar que as igrejas mais prósperas auxiliassem os mais pobres.

Em Atos 14:21-23, podemos perceber que o método de Paulo para estabelecer uma igreja local obedecia a um padrão regular. Primeiramente era feito um trabalho dedicado ao evangelismo, com a pregação do Evangelho. Depois havia um trabalho de edificação, onde os crentes convertidos eram fortalecidos e encorajados. Por último, presbíteros eram escolhidos em cada igreja, para que a organização eclesiástica fosse estabelecida.
1.    A primeira viagem missionária de Paulo (At 13:1-14:28): não sabemos exatamente quanto tempo durou essa primeira viagem, apenas que ela deve ter ocorrido por volta de 44 e 50 d.C. O ponto de partida foi Antioquia, um lugar que havia se tornado um tipo de centro do Cristianismo entre os gentios. Basicamente, a viagem foi concentrada na Ilha de Chipre e a parte sudeste da província romana da Galácia. Até um determinado momento da viagem, Barnabé era o líder, Paulo era o pregador principal, e João Marcos o auxiliador. Entretanto, João Marcos os deixou (literalmente os abandonou) e retornou para Jerusalém. A partir desse ponto, Paulo assumiu a liderança da missão.

2.    A segunda viagem missionária de Paulo (At 15:36-18:22): o propósito dessa viagem, conforme o próprio Paulo, era visitar os irmãos por todas as cidades em que já haviam anunciado a palavra do Senhor (At 15:36). Entretanto, ao discutirem sobre a ida de João Marcos na viagem, Paulo e Barnabé decidem se separar, e Paulo leva consigo Silas. A data provável dessa viagem fica entre 50 e 54 d.C. O território coberto foi bem maior em relação à primeira viagem, estendendo-se até a Europa. A obra evangelística foi concluída na Macedônia e Acaia, e as cidades visitadas foram: Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto. Em Corinto, Paulo permaneceu um longo tempo (At 18:11,18), pregando e exercendo sua atividade profissional de fazer tendas. Foi dessa cidade que ele enviou a Epístola aos Gálatas e, provavelmente, um pouco depois, as Epístolas aos Tessalonicenses. Paulo também parou brevemente em Éfeso, prometendo que retornaria em outra ocasião (At 18:20,21).

3.    A terceira viagem missionária de Paulo (At 18:23-21:16): essa viagem ocorreu entre 54 e 58 d.C. O Apóstolo Paulo atravessou a região da Galácia e Frígia e depois prosseguiu em direção a Ásia e à sua principal cidade, Éfeso. Ali ele passou um longo período (At 19:8-10; 20:3), cumprindo a promessa anteriormente feita. É provável que todas, ou pelo menos a maioria das sete igrejas da Ásia tenha sido fundada durante esse período. Parece que, antes de Paulo escrever a Primeira Epístola aos Coríntios, ele fez uma segunda visita a cidade de Corinto, regressando logo depois para Éfeso. Então, mais tarde, ele escreveria 1 Coríntios. Quando deixou Éfeso, Paulo partiu para a Macedônia. Foi ali, talvez em Filipos, que ele escreveu a Segunda Epístola aos Coríntios. Depois, finalmente, o Apóstolo Paulo chegou pela primeira vez em Corinto. Antes de partir dessa cidade, ele escreveu a Epístola aos Romanos (Rm 15:22-25).


Viagens Missionárias de Paulo de Tarso



O resultado das viagens missionárias do Apóstolo Paulo foi extraordinário, e o Evangelho havia se espalhado consideravelmente. Estima-se que, perto do final do período apostólico, o número total de cristãos no mundo era em torno de quinhentos mil. Apesar de esse resultado ser fruto de um árduo trabalho que envolveu um enorme número de pessoas, conhecidas e anônimas, o obreiro que mais se destacou nessa missão certamente foi o Apóstolo Paulo.
O debate do Apóstolo Paulo com Pedro:

Em um determinado momento, devido ao crescente número de gentios na Igreja, questões a respeito da Lei e dos costumes judaicos sugiram entre os cristãos. Muitos cristãos judeus insistiam que os gentios deviam observar a lei mosaica e se enquadrar nos costumes judaicos, principalmente em relação à circuncisão, para que pudesse haver igualdade na comunidade cristã.
O Apóstolo Paulo identificou esse movimento judaizante como uma ameaça à verdadeira natureza do Evangelho da graça, e se posicional de forma clara contra essa situação. Diante dessas circunstâncias, Paulo repreendeu Pedro publicamente (Gl 2:14), depois que este havia se separado de alguns crentes gentios, a fim de evitar problemas com certos cristãos judaizantes. Esse também foi o pano de fundo que levou o Apóstolo a escrever uma epístola de advertência aos Gálatas, apresentando com grande ênfase o tema “salvação pela graça mediante a fé”.

Podemos dizer que esse acontecimento foi a primeira crise teológica da Igreja. Para que o problema fosse solucionado, Paulo e Barnabé foram enviados a uma conferência com os Apóstolos e Anciãos em Jerusalém. O concílio decidiu que, de forma geral, os gentios que se convertessem não estavam sob a obrigação de observar os costumes judaicos.
Prisões e morte do Apóstolo Paulo:

Existe muita discussão em relação ao número de prisões que o Apóstolo Paulo sofreu, principalmente pelo livro de Atos não descrever toda a história do Apóstolo, e pelo fato de Paulo provavelmente ter sido preso algumas vezes de forma rápida, como em Filipos na descrição de Atos 16:23.

Falando sobre esses momentos, Paulo escreveu o seguinte:

Citando as prisões significativas do Apóstolo Paulo, sabemos que ele foi preso em Jerusalém (At 21), e para impedir que fosse linchado, Paulo foi transferido para Cesaréia, onde Felix, o governador romano, o deixou na prisão por dois anos (At 23-26). Festo, sucessor de Felix, sinalizou que poderia entregar Paulo aos judeus para por eles ser julgado. Como Paulo sabia que o resultado do julgamento seria totalmente desfavorável, então ele, na qualidade de cidadão romano, apelou para César. Depois de um discurso perante o rei Agripa e Berenice, o Apóstolo Paulo foi enviado sob escolta para Roma. Após uma terrível tempestade marinha, o navio a qual ele estava naufragou, e Paulo passou o inverno em Malta. Finalmente chegou a Roma na primavera, e passou dois anos sob prisão domiciliar, onde ele tinha total liberdade para ensinar sobre o Evangelho (At 28:31). Nesse ponto termina a história descrita no livro de Atos dos Apóstolos, e o restante da vida de Paulo precisa ser contado com registros de outras fontes.

Depois disso, as únicas informações adicionais que encontramos no Novo Testamento parte das Epístolas Pastorais, sugerindo que o Apóstolo Paulo foi solto depois dessa primeira prisão em Roma (2Tm 4:16,17) por volta de 63 d.C., e visitou a área do Mar Egeu e viajou até a Espanha, antes de haver sido novamente aprisionado e, desta vez, executado pelas mãos de Nero por volta de 67 e 68 d.C. (2Tm 4:6-18). O se sabe é que as Epístolas Pastorais documentam situações não historiadas em Atos. A Epístola de Clemente (cerca de 95 d.C.) e o cânon Muratoriano (cerca de 170 d.C.) testificam sobre uma viagem do Apóstolo Paulo à Espanha. Sobre sua morte, a tradição conta que ocorreu junto da estrada de Óstia, fora da cidade de Roma, por decapitação.

Talvez o texto que mais defina a biografia do Apóstolo Paulo seja exatamente esse:

Epístolas escritas pelo Apóstolo Paulo:
·         Romanos
·         I Coríntios
·         II Coríntios
·         Gálatas
·         Efésios
·         Filipenses
·         Colossenses
·         I Tessalonicenses
·         II Tessalonicenses
·         I Timóteo
·         II Timóteo
·         Tito
·         Filémon


Fonte: https://estiloadoracao.com/historia-do-apostolo-paulo/