sábado, 28 de outubro de 2017

AGENDE HOJE MESMO ...

“SALVAÇÃO – O AMOR E A MISERICÓRDIA DE DEUS”




ASSEMBLEIA DE DEUS- MINISTÉRIO DE CORDOVIL
Congregação do Colégio


Departamento de Educação Cristã




SALVAÇÃO – O AMOR E A MISERICÓRDIA DE DEUS


Introdução: - Nesta lição falaremos acerca de duas características morais de Deus: o Amor e a Misericórdia de Deus; inicialmente traremos uma definição sobre estas virtudes; falaremos sobre o amor e a misericórdia divina e suas características; e, por fim, veremos como estas virtudes se manifestaram de forma mais expressiva em Cristo Jesus.

I.       Definições:

1)       Definição da palavra amor. -  A palavra “amor ocorre na Bíblia 276 vezes. No Antigo Testamento: 123; e no Novo Testamento: 153 (JOSHUA, sd, p. 183). - Teologicamente o amor é a “virtude que nos constrange a buscar, desinteressada e sacrificialmente, o bem de outrem” (ANDRADE, 2006, p. 42). -  Biblicamente, o termo hebraico básico para “amor” é “hesed”, que utilizado para Deus, significa “amável benignidade” ou “suave e amável benignidade”. A palavra grega “ágape”, utilizada para se referir ao amor divino, significa amor “não-egoísta” ou “sacrifical” (GEISLER, 2010, p. 93 – acréscimo nosso).

2)       Definição da palavra misericórdia.  - A palavra “misericórdia” ocorre na Bíblia 158 vezes. No Antigo Testamento: 99; e no Novo Testamento: 59 (JOSHUA, sd, p. 977).  - A palavra hebraica para misericórdia é “rahamîm” que significa: “entranhas, misericórdias, compaixão”, esta mesma expressão é traduzida para o grego por “eleõ” mostrar generosidade, mediante beneficência ou ajuda (VINE, 2001, pp. 73,480).    - Teologicamente diz respeito a “uma compaixão suscitada pela miséria do próximo” (ANDRADE, 2006, p. 266 – acréscimo nosso). Gilberto (2008, p. 76) acrescenta dizendo que:misericórdia é o termo teológico para compaixão; trata-se da disposição de Deus para socorrer os oprimidos e perdoar os culpados”.


II.       O MARAVILHOSO AMOR DE DEUS

·            Subsídio TeológicoO Amor de Deus – “Sem menosprezar a paciência, misericórdia e graça de Deus, a Bíblia associa mais frequentemente o desejo de Deus em nos salvar ao seu amor. No AT, o enfoque primário recai sobre o amor segundo a aliança como se vê em Dt 7.

Com respeito à redenção segundo a aliança, diz o Senhor: “Como amor [heb. ‘Ahavah’] eterno te amei [heb, ‘ahev’]; também com amável benignidade [heb. Chesedh] te atrai’ (Jr 31.1). a despeito da apostasia e idolatria de Israel, Deus amava com amor eterno.

O NT emprega agapão ou ágape para referir-se ao amor salvífico de Deus. No grego pré-bíblico, essas palavras tinham pouca relevância. No NT, porém, são óbvios e seu poder e valor, ‘Deus é ágape’ (Jo 3. 16). Por isso, ‘ele deu seu Filho Unigênito’ (Jo 3.16) para salvar a humanidade. Deus tem demonstrado seu amor imerecido para conosco ‘em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores’ (Rm 5. 8). O NT dá amplo testemunho do fato de que o amor de Deus o impeliu a salvar a humanidade perdida. Por isso, estes quatro atributos de Deus – a paciência, a misericórdia, a graça e o amor – demonstram a sua bondade ao promover a nossa redenção” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996. Pp. 345, 346).  


2.1.        Deus é amor: - A Bíblia diz que Deus é amor (1 Jo 4.8,16); que Seu amor é grande (1 Jo 3.1); que é eterno (Jr 31.3); que foi provado (Rm 5.8); derramado (Rm 5.5); e, ainda elenca diversas características deste amor. Vejamos:

2.2.     Amor incondicional.  - Diferente do amor humano que é condicional, o amor divino é superior pois manifesta-se de forma incondicional: “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). A palavra grega usada para descrever o amor de Deus pelo homem é “ágape”. Esse tipo de amor é absolutamente singular, já que ele não depende da beleza do objeto a ser amado. Naturalmente, o amor humano não funciona dessa maneira. Nós amamos outras pessoas porque elas nos amam ou porque vemos nelas alguma beleza ou valor. Deus nos ama independente do nosso amor: “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós [...]” (1 Jo 4.10). Portanto, o amor de Deus por nós não foi motivado por algum amor anterior da nossa parte.

2.3.      Amor imparcial.  - Desde o início, o propósito divino era revelar o Seu amor e estender a bênção da salvação a todos os homens indiscriminadamente, pois Ele não faz acepção de pessoas (Dt 10.17; At 10.34; Rm 2.11). A vinda do Messias ao mundo mostrou claramente isso (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9). É necessário entender que: (a) Deus amou o mundo e não apenas uma classe de pessoas (Jo 3.16); (b) o sacrifício de Jesus não alcança apenas um povo, mas o mundo todo (Jo 1.29;1 Jo 2.2); (c) sua graça alcança tanto os judeus como os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6); (d) a ordem de levar as boas novas de salvação é extensiva até aos confins da terra (Mt 28.19; Mc 16.15; At 1.8).

2.4.       Amor imensurável.  - Jesus disse a Nicodemos com uma intensidade incalculável “Deus amou o mundo de tal maneira [...]” (Jo 3.16). A expressão “tal” segundo o (Aurélio (2004, p. 1908) significa: “análogo, semelhante”. A ideia de Jesus é dizer que não há nada com que possa ser comparado (Jo 15.13). Paulo disse que Deus amou tanto o homem que“[…] que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós […]” (Rm 8.32); e ainda falou sobre o “[…] seu muito amor com que nos amou” (Ef 2.3). O apóstolo João, por sua vez, afirmou: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai […]” (1 Jo 3.1). Seu amor é maior que de uma mãe por seu próprio filho (Is 49.15).

2.5.       Amor incompreensível. - Há dois questionamentos que geralmente as pessoas fazem em relação ao amor divino. O primeiro: é como Deus pode nos amar? A Bíblia mostra que Deus decidiu nos amar (Jo 3.16). Thiessen (1986, p. 83) diz que o amor de Deus “não é um impulso emocional, mas uma afeição racional e voluntária, sendo fundamentada na verdade e santidade e no exercício da livre escolha”. O segundo questionamento que alguém poderá fazer é: como pode Deus sendo amor, condenar os que o rejeitam? É necessário entender que o pecado tem origem no homem e este por sua vez, foi quem se condenou quando deliberadamente optou por pecar (Gn 2.16,17; Ez 18.4; Rm 6.23-a). Deus como o Grande Legislador e Juiz apenas julgará e condenará o homem por seus próprios atos (At 17.31; Rm 2.16). Portanto, o amor de Deus está em pleno acordo com a retidão e a justiça das exigências de castigo para o pecador. “Se o amor não incluir a justiça, ele não passa de sentimentalismo” (WILMINGTON, 2015, p. 15).


III.       UM DEUS MISERICÓRDIOSO

·   Subsídio Teológico: - Misericórdia-  “No AT, a palavra ‘misericórdia’, é tradução da palavra grega eleos, ou ‘piedade’, compaixão, misericórdia’ (veja seu uso em Lucas 10. 37; Hb 4. 16), e oiktirmos, isto é, ‘companheirismo em meio ao sofrimento’ (veja seu uso em Filipenses 2.1; Colossenses 3. 12; Hebreus 10.38).

No AT, este termo representa duas raízes distintas: rehem, que pode significar maciez), “o ventre”, referindo-se, portanto, à compaixão materna (I Rs 3. 26, ‘entranhas’), e hesed, que significa força permanente (Sl 59. 16; 62, 12; 144.2) ou ‘mútua obrigação ou solidariedade das partes relacionadas’ – portanto, lealdade. A primeira forma expressa a bondade de Deus, particularmente em relação àqueles que estão em dificuldades (Gn 43. 14; Êx 34. 6). A segunda expressa a fidelidade do Senhor, ou os laços pelos quais ‘pertencemos’ ou ‘fazemos parte’ do grupo de seus filhos. Seu permanente e imutável amor está subentendido, e se expressa através do termo berit, que significa ‘aliança’ ou ‘testemunho’ (Êx 15. 13; Dt 7. 9; Sl 136. 10 – 24) ” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1290).

O AT diz que as misericórdias do Senhor são muitas (1 Cr 21.13; Sl 51.1; 119.156); são grandes (Nm 14.19; Ne 9.31; Sl 57.10; 103.11); são eternas (Sl 25.6; 100.5; 103.17; 106.1); são boas (Sl 109.21); imutáveis (Is 54.10); são a causa de não sermos consumidos (Lm 3.22). Jesus disse que “o Pai é misericordioso” (Lc 6.36). Paulo disse que esta misericórdia Ele estendeu a todos os homens indistintamente (Rm 11.32); que os gentios devem glorificar a Deus porque foram pela misericórdia incluídos no plano da salvação (Rm 15.9). É dito que Deus é riquíssimo em misericórdia (Ef 2.4). Vejamos algumas verdades sobre a misericórdia divina:

3.1.    A misericórdia é uma atitude opcional de Deus.  - Assim como o amor é uma atitude voluntária de Deus em relação ao Homem, o mesmo se diz da misericórdia. Ele não é constrangido a agir de forma misericordiosa, quando faz, o faz porque quer (Ne 9.31; Sl 78.38; Jn 4.2). Ele disse: “[…] e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Êx 33.19).

3.2.     A misericórdia é um ato gracioso de Deus. - No NT a palavra misericórdia é muitas vezes mencionada ao lado da graça de Deus (1 Tm 1.2; 2 Tm 1.1; Tt 1.4). Segundo Vine (2002, p. 183) a mesma palavra hebraica para graça “hesed” também pode é traduzida como “misericórdia”, dando a entender que ambas são correlatas, porém distintas. Pode-se dizer que “a graça e a misericórdia são lados diferentes da mesma moeda. A misericórdia é o ato de conter a punição merecida, enquanto a graça é o ato de conceder o favor não merecido. Portanto, a misericórdia garante que o pecador não receba o que merece, a saber, o castigo, ao passo que a graça garante que ele receba aquilo que ele não merece, a saber, a benção” (WILMINGTON, 2015, p. 14).


3.3.    A misericórdia é oposta ao merecimento. - Sempre que a Bíblia fala da misericórdia mostra-a sendo exercida por Deus em relação as pessoas que não merecem, por isso ela sempre aparece ao lado do perdão “O SENHOR é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniquidade e a transgressão [...]” (Nm 14.18-a). O pecado torna o homem indigno das bênçãos divinas, no entanto, pela misericórdia, Deus dispensa seus favores para que o homem mesmo nesta condição, retendo a Sua ira (Nm 14.19; 2 Sm 24.14; 1 Rs 8.50; Ne 9.31; 25.7; 51.1). “A misericórdia susta a penalidade que deveria cair sobre o pecador e abre caminho para a obra da graça começar a atua nele” (CAMPOS, 2002, p. 292).


IV.       O AMOR E A MISERICÓRDIA REVELADAS EM CRISTO JESUS
Embora a narrativa bíblica nos mostre, em diversos momentos, Deus revelando o Seu amor e a Sua misericórdia com o homem, a nação de Israel e com os gentios, houve um momento histórico em que estas duas virtudes foram evidenciadas como nunca antes, quando Jesus Cristo foi enviado ao mundo para morrer pelos pecadores. Todos os homens, sem exceção, estão sentenciados ao castigo eterno (Rm 3.23; 6.23-a). No entanto, a Escritura nos mostra que a atitude de Deus em relação a humanidade culpada foi diferente da esperada. Vejamos:

4.1.       Jesus Cristo, a expressão máxima do amor divino. - No NT encontramos Jesus afirmando a Sua vinda ao mundo, constitui-se na expressão máxima do amor divino “[…] Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito […]” (Jo 3.16-a). Paulo, por sua vez, afirmou que “[…] Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Ele ainda afirma que a entrega de Cristo para morrer por ele constitui-se na prova do Seu amor: “[…] o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20). E, também: “[…] Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós […]” (Ef 5.2); e ainda: “[…] Cristo Amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela […]” (Ef 5.25). Pedro, assevera que Jesus foi: “[…] manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pe 1.20). O apóstolo João por sua vez nos diz: “[…] ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4.10); e, também: “Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos” (1 Jo 4.9).

4.2.  Jesus Cristo, a expressão máxima da misericórdia divina. - Em Sua misericórdia Deus se revela um Deus que tem compaixão dos que se acham na miséria e está sempre pronto a aliviar a sua desgraça. Por causa desta misericórdia, Deus enviou a Jesus Cristo para morrer no lugar do seu povo e, assim, livrou-os de receber pessoalmente a condenação que mereciam (Lc 1.78), pois Ele é o Pai das misericórdias (2 Co 1.3). Portanto, a vinda de Cristo é a manifestação suprema da misericórdia para nos salvar: “[…] segundo a sua misericórdia, nos salvou […]” (Tt 3.5). Paulo ainda diz que: “Deus, que é riquíssimo em misericórdia […]” (Ef 2.4,5). E, também “[…] Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32). Definitivamente: “[…] a misericórdia triunfa do juízo” (Tg 2.13).


·  Subsídio Teológico: - “[...]. É preciso compreender e comparar dois aspectos da salvação, que são: o aspecto legal e o aspecto ético e moral. No aspecto legal está a justificação, que trata da quitação da pena do pecado. Significa que a exigência da Lei foi cumprida. Porém, no aspecto moral, está a santificação que trata da vivência cotidiana após a justificação. Como compreender então a relação entre a justificação e a santificação?

Em primeiro lugar, a santificação trata do nosso estado, assim como a justificação trata da nossa posição em Cristo. Observe isto: Na justificação somos declarados justos. Na santificação nos tornamos justos. A justificação é a obra que Deus faz por nós como pecadores. A santificação diz respeito ao que Deus faz em nós. Pela justificação somos colocados numa correta e legal relação com Deus. Na santificação aparecem os frutos dessa relação com Deus. Pela justificação nos é outorgada a segurança. Pela santificação nos é outorgada a confiança na segurança. Em segundo lugar, a santificação envolve, também, o aspecto posicional. Na justificação o crente é visto em posição legal por causa do cumprimento da Lei, na santificação o crente é visto em posição moral e espiritual. Posicionalmente, o crente é visto nesses dois aspectos abordados que são: o legal e o moral. Legalmente, ele se torna justo pela obra justificadora de Jesus Cristo. Moralmente, ele se torna santo por obra do Espírito Santo”. (Cabral, Elienal. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5. Ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2005, pp. 73,74).


Conclusão: - Embora o homem tenha se distanciado de Deus por causa do pecado, Ele decidiu amar e usar demisericórdia, por meio de Cristo Jesus, a fim de salvar a raça humana.
O amor e a misericórdia de Deus extrapolam a compreensão humana, pois ainda que se usem os melhores recursos linguísticos, estes não seria, capazes de descrever quão incomensuráveis são essas virtudes divinas. Nem mesmo o amor de uma mãe pelo seu filho é capaz de sobrepor o amor e a misericórdia de nosso Deus. Por isso, resta-nos expressar esse amor em relação com cada criatura.


ü    Referências Biográficas:

Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2017 - CPAD




           Elaborada pela Professora, Maria Valda
Pastora da ADMEP

“A IDENTIDADE DO ESPÍRITO SANTO”



ADMEP

Assembleia de Deus Ministério Estudando a Palavra
Pastora, Maria Valda

Rua, Dr. José Thomas, 651, Pavuna, Rio de Janeiro.


Departamento de Educação Cristã



A IDENTIDADE DO ESPÍRITO SANTO



Introdução: -  Nesta lição estudaremos acerca da Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Ele não é um fogo, um vento ou uma força, mas Deus. Umas das provas da sua deidade reside no fato de que Ele possui atributos divinos. Sem sua ação teria sido impossível conhecera Deus e a Jesus Cristo. Sem Ele jamais teríamos experimentado o novo nascimento e a santificação. Alguns, erroneamente, acreditam que o Espírito Santo entrou no mundo somente no dia de Pentecostes. (Atos 2). Mas, a Terceira Pessoa da Trindade esteve também presente na criação (Gn 1. 26), no ministério de Jesus e dos discípulos.
Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria a Criação, o Universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33. 4; Sl 104.30). Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2 Pe 1.2), nem o Novo Testamento (Jo 14.26, 1 Co 2. 10) e nenhum poder para proclamar o Evangelho (Atos 1.8). Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem Novo Nascimento, nem Santidade e nenhum cristão neste mundo.

I.             O ESPÍRITO SANTO
1)   A revelação divina. Hoje, o Espírito habita entre nós e se dá mais claramente a conhecer. (Gregório de Nazianzo). (Jo 14. 16, 17). Através da Bíblia, o Espírito Santo é revelado como pessoa, com sua própria individualidade (2 Co 3.17, 18; Hb 9.14; I Pe 1.2). Ele é uma pessoa divina como o Pai e o Filho (At 5, 3, 4). O Espírito Santo não é mera influência ou poder.

2)        O esquecimento. O Espírito Santo aparece, literalmente, em toda a Bíblia desde Gênesis, na criação (1.2), até o Apocalipse (22. 17). No AT. As atividades e as manifestações do Espírito Santo eram esporádicas, específicas e em tempos distintos. O Espírito Santo é mencionado 85 vezes no AT.

3)      O Espírito Santo e os primeiros Cristãos. Os cristãos do da Era Apostólica conheciam mais sobre a identidade do Espírito Santo do que os Pais da Igreja do referido período.


II.        A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO À LUZ DA BÍBLIA

1)          A divindade declarada. – O Espírito Santo é chamado de Senhor nas Escrituras Sagradas: “Ora, o SENHOR é o Espírito” (2 Co 3. 17; ARA); (At 5. 3, 4b; I Co 3. 16; 2 Sm 23. 2,3). É nessa linguagem que a Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus.


2)           A divindade revelada. - O Espírito Santo é chamado:

a)        Espírito de Deus (I Co 3.16; Gn 1.2)
b)        Espírito de Cristo (Rm 8. 9).
c)        Espírito Santo (Ato 1.5)
d)        Espírito de Vida (Rm 8.2)
e)        Espírito de Adoção (Rm 8.15, 16; Gl 4. 5,6).

3)        Obras divinas. - Ao Espírito são atribuídas obras que somente Deus pode realizar.

1)           Ele ensina (Jo 14.26)
2)           Ele guia (Rm 8.14)
3)           Ele comissiona (At 13.4)
4)           Ele dá ordens a homens (At 8.29)
5)           Ele age no homem (Gn 6.3)
6)           Ele intercede (Rm 8.26)
7)           Ele fala (Jo 15.26; 2 Pe 1.21).

III.        OS ATRIBUTOS DA DIVINDADE

1)        Alguns atributos incomunicáveis - O Espírito Santo possuiu atributos Divinos, como:

a)           É eterno, (Hb 9.14)
b)           É onipresente, (Sl 139. 7 – 10)
c)            É Onipotente, (Lc 1.35)
d)           É onisciente, (I Co 2.10)
e)           Verdade (I Jo 5.6)
f)             Santidade (Lc 11.13)
g)           Vida (Rm 8.2)
h)           Sabedoria (Is 40.13).

2)     O Espírito Santo e a Trindade. –  O Espírito Santo iguala-se ao Pai e ao Filho, tendo também um nome, pois o Senhor Jesus determinou que os seus discípulos batizassem “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28. 19). A expressão “comunhão com o Espírito Santo” (2 Co 13.13) mostra que Ele é não apenas objeto de nossa fé, mas também de nossa oração e adoração. O que existe entre os três é uma distinção de serviço, e o Espírito Santo representa os interesses do Pai e do Filho na vida da Igreja na terra. (Jo 16. 13, 14).

IV.  PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
1)   As faculdades da personalidade. Somente uma pessoa possui estas características:

1)           Ele é inteligente (I Co 2. 10, 11)
2)           Ele tem emoções (Ef 4.30)
3)           Ele tem vontade (I Co 12.11)

2)           Reações do Espírito Santo. –

1)          Ele pode ser obedecido (At 10.19 – 21)
2)          Pode-se mentir a ele (At 5.3)
3)          Ele pode ser resistido (At 7.51)
4)          Ele pode ser reverenciado (Sl 51.11)
5)          Pode-se blasfemar contra Ele (Mt 12.31)
6)          Ele pode ser entristecido (Ef 4.30)
7)          Ele pode ser ultrajado (Hb 10.29)

À Luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo Deus Vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação.


Conclusão: - A frase que se refere ao Espírito Santo como “Terceira Pessoa da Trindade” se deve ao fato de seu nome aparecer depois do Pai e do Filho na fórmula batismal. Não se trata, pois, de hierarquia intratrinitariana, porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus que subsiste em três Pessoas distintas.

                                       

Elaborada por, Maria Valda
Pastora da ADMEP