quinta-feira, 5 de outubro de 2017

“ O ÚNICO DEUS VERDADEIRO”






ADMEP – ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTÉRIO ESTUDANDO A PALAVRA

Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical



O ÚNICO DEUS VERDADEIRO


Leitura Bíblica em Classe

Deuteronômio 6. 4; Gênesis 1.1



Introdução: - A doutrina de Deus é vasta, e nem mesmo os grandes tratados de teologia conseguem esgotar o assunto. O enfoque da presente lição é a unidade de Deus, o monoteísmo judaico-cristão e a obra da Criação. Nosso objetivo é mostrar que há um abismo intransponível entre o Criacionismo e o evolucionismo. Não há na Bíblia espaço para a teoria da evolução nas suas diversas versões.


I.       O ÚNICO DEUS VERDADEIRO


   
 1)  O Shemá. – (Ler primeiro na lição da Revista). Assim como o "Shemá" faz parte das primeiras palavras a serem repetidas por cada criança judia, ele acompanha cada judeu ao longo de sua jornada.

É uma afirmação de nossa fé e confiança em um Deus único e verdadeiro a quem devemos todas as bênçãos recebidas, desde o momento de nosso despertar, ao deitar, bem como nos momentos finais de nossa vida
·   Shemá Israel A-do-nai Elokenu A-do-nai Ehad.
Ouve Israel, A-do-nai é nosso D’us, A-do-nai é Um. Ouve, atentamente, ó Israel, preste atenção, abre totalmente sua percepção, silenciando completamente a mente, medite sobre o que estiver pronunciando, interiorize e absorva a mensagem de tal forma que se torne parte de sua própria essência... D’us é Um e é Único, e Ele é nosso D’us.
Este versículo que inicia uma das mais antigas e importantes orações do judaísmo, o Shemá, é nossa declaração de fé. Nesta é proclamada a própria essência do judaísmo, o que sempre diferenciou os judeus de outros povos: a crença na Unidade e Unicidade de D’us e a lealdade eterna de Israel para com seu D’us. Shemá Israel foi o que o patriarca Jacob ouviu dos filhos em seu leito de morte. Foram as palavras usadas por Moisés para se dirigir aos judeus em seu último discurso, no deserto.

O primeiro parágrafo – (Deuteronômio: 6:4-9):

·     Shemá Israel A-do-nai Elokenu A-do-nai Ehad.

Ouve ó Israel, A-do-nai é nosso D’us, A-do-nai é Um. (Deut. 6:4)
Nossa profissão de fé não se inicia com as palavras acredite ou veja, mas sim Shemá! Ouve e entenda Israel! "Israel" está dentro de cada um de nós; é a parte que almeja se aproximar do Divino transcendendo os limites de suas necessidades físicas. E é através desta oração que Israel conecta-se com o Divino.

2)  O Monoteísmo.   - Significado: - Crença em um único Deus. As religiões monoteístas como, por exemplo, católica, evangélicas, judaica e muçulmana, aceitam apenas a existência de um único Deus.

·   Monoteísmo é a crença em um deus único, singular e deriva das palavras gregas μόνος (monos) "único" e θεός (theos) "divindade". Acredita em um único Deus onipresente, onisciente e onipotente, responsável pela criação de todas as coisas no Universo, diferindo dos politeístas que creem que cada particularidade da natureza ou atividade humana seja de responsabilidade de diferentes divindades. Difere, portanto, das crenças em várias divindades (politeísmo), ainda que se admita que o politeísmo possa ser conciliável com o monoteísmo inclusivo ou outras formas de monismo.

·  O monoteísmo judaico-cristão. - Monoteísmo judaico: declara a existência de um Deus único e que não existe unicidade como a dele.

·   Monoteísmo cristão: crê num único Deus onipotente, onipresente e onisciente, que subsiste em três pessoas da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) – conceito trinitário – mas como um único Deus. Há divergências entre judeus e islâmicos que não aceitam cristãos como monoteístas e mesmo entre cristãos que não aceitam esse trinitarianismo.


II.      CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO

1)  O modelo Criacionismo.  (Ler a Revista). - Um dos maiores mistérios que sempre intrigaram o homem ao longo de sua história é o conhecimento a respeito de suas próprias origens. Pode-se dizer que todos os povos da Antiguidade tinham teorias que tentavam explicar a existência do homem e do universo. A maioria delas tinha fundamentos religiosos, filosóficos ou até mesmo mitológicos. Além dos próprios mistérios existentes na questão da origem da vida, ainda havia outra questão não menos pertinente: por que somos tão diferentes dos animais?
2) O Criacionismo e o Evolucionismo são duas teorias que tentam explicar a criação e a evolução do homem. Embora nenhuma delas possa ser comprovada em laboratório, as coincidências param por aí, já que suas abordagens são completamente distintas. A Bíblia Sagrada, mais especificamente no livro de Gênesis, narra a história da origem de tudo que há ao nosso redor, como Sol, estrelas e seres vivos. O primeiro versículo da Bíblia já diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. E essa é justamente a ideia central do Criacionismo: Deus criou todas as coisas, inclusive o homem.
Entretanto, é importante desvincular Criacionismo de Cristianismo, pois a teoria criacionista prega que todas as coisas foram criadas substancialmente por um Criador onipotente, não sendo, necessariamente, o Deus dos cristãos. O islamismo, por exemplo, também prega uma visão baseada no criacionismo, porém com a figura de Alá.
·  Já o Evolucionismo, teoria que surgiu a partir do século XIX, afirma que o homem foi resultado de uma longa evolução iniciada há cerca de cinco milhões de anos, desde os Hominídeos até o Homo sapiens, espécie correspondente ao homem com suas características atuais. De fato, a teoria evolucionista se originou a partir da publicação do livro de Charles DarwinA Origem das Espécies”, em 1859. Darwin, após uma viagem às Ilhas Galápagos, acabou descobrindo diversas novas espécies de animais, realidade que o levou a desenvolver a ideia de seleção natural dos seres vivos. Ainda segundo a teoria, homem e macaco possuiriam a mesma ascendência, da qual as outras espécies foram se desenvolvendo ao longo do tempo.
       3)  O modelo evolucionista.  - (Ler a Revista).


III.     A CRIAÇÃO


     1)  A criação do Universo. - BILHÕES de pessoas já leram ou ouviram o que a Bíblia diz sobre o início do Universo. Esse relato, escrito há 3.500 anos, começa com uma frase bem conhecida: “No princípio, Deus criou os céus e a Terra. ”

Mas muitas pessoas desconhecem o fato de que os líderes da cristandade, incluindo os chamados Criacionistas e fundamentalistas, distorceram o relato bíblico da criação. Isso resultou em diversas histórias fantasiosas, bem diferentes do que a Bíblia realmente diz. Essas interpretações distorcidas são contrárias às evidências científicas. Embora essas histórias não estejam na Bíblia, elas fizeram com que muitas pessoas considerassem o relato bíblico um mito.
A verdadeira história da criação registrada na Bíblia é desconhecida por muitos. É uma pena, pois a Bíblia apresenta uma explicação lógica e confiável sobre o início do Universo. Além disso, essa explicação está de acordo com as descobertas científicas. Com certeza, você se surpreenderá ao descobrir a verdadeira história da criação contada pela Bíblia.
2)  A narrativa da Criação em Genesis 1. - A Bíblia declara que Deus criou “os céus e a Terra”. Essa declaração, apesar de abrangente, não entra em detalhes quanto ao tempo gasto na criação do Universo nem quanto aos métodos usados para formá-lo. E que dizer da bem conhecida crença dos criacionistas de que Deus criou o Universo em seis dias de 24 horas? Esse conceito, rejeitado pela maioria dos cientistas, é baseado num entendimento equivocado do relato bíblico. Analise o que a Bíblia realmente diz.
A Bíblia não apoia os fundamentalistas nem os criacionistas, que afirmam que cada dia criativo foi de 24 horas

·   A Bíblia não apoia os fundamentalistas nem os criacionistas, que afirmam que cada dia criativo foi de 24 horas.

·   A Bíblia usa com frequência o termo “dia” para indicar diferentes períodos de tempo. Em alguns casos, a duração desses períodos não é especificada. O relato da criação contido no livro bíblico de Gênesis é um desses exemplos.

·     Pode ser que cada um dos seis dias criativos mencionados no relato bíblico tenha durado milhares de anos.

·   Antes do início do primeiro dia criativo, Deus já tinha criado o Universo, inclusive um planeta ainda sem vida, a Terra.

·   Tudo indica que os seis dias criativos foram longos períodos de tempo, durante os quais Jeová Deus preparou a Terra para ser habitada por humanos.

·  O relato bíblico da criação não contradiz as conclusões dos cientistas quanto à idade do Universo.


3)  A criação do ser humano. - O primeiro livro da Bíblia apresenta a história da criação: “No princípio criou Deus...” Gênesis 1:1. Dia a dia prosseguiu a criação até ao sexto dia, quando “criou, pois, Deus o homem à Sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. ” Gênesis 1:27.
No segundo capítulo de Gênesis, a criação do homem é mencionada um pouco mais pormenorizadamente: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente. ” Gênesis 2:7.
De acordo com o registro bíblico, o homem foi criado por Deus e formado do pó da terra. Deus soprou em suas narinas o fôlego da vida e o homem foi feito alma vivente.
A Bíblia ensina que o ser humano é uma unidade indivisível. A esse respeito o apóstolo Paulo declara o seguinte:
“O mesmo Deus da paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. ” I Ts 5:23.
É ensinamento bíblico que nenhuma parte do homem deve ser excluída da influência da santificação.
A Bíblia muitas vezes refere-se ao fôlego da vida como sendo o espírito do homem. É um termo que representa a energia divina, a energizante centelha de vida que é essencial à existência de todos os seres viventes. A palavra espírito vem do hebraico “ruach” e do grego “pneuma”. No Antigo Testamento, a palavra hebraica “ruach” aparece 377 vezes e é traduzida como: vento, fôlego ou espírito. No Novo Testamento, a palavra “pneuma” é igualmente traduzida como: espírito ou respiração.
Nem no Antigo nem no Novo Testamento “ruach” ou “pneuma” se referem a alguma entidade inteligente capaz de existir independentemente do corpo.
A união do fôlego da vida com o barro inanimado tornou o homem uma alma viva, uma personalidade responsável, capaz de compreender e apreciar a Deus, capacitando-o a pensar, querer e amar. 


SERÁ QUE DEUS EM ALGUM MOMENTO USOU A EVOLUÇÃO?

Muitas pessoas que não acreditam na Bíblia adotaram a teoria de que os seres vivos surgiram de substâncias químicas sem vida por meio de processos desconhecidos e acidentais. Supõe-se que, em algum momento, surgiu um organismo, semelhante a uma bactéria, que se reproduzia sozinho e que aos poucos deu origem a todas as espécies que existem hoje. Em resumo, isso significaria que o incrivelmente complexo ser humano evoluiu de uma bactéria.
A teoria da evolução também é adotada por muitos que dizem aceitar a Bíblia como a palavra de Deus. Eles acreditam que foi Deus quem fez surgir a vida na Terra e que depois ele simplesmente supervisionou, e talvez até tenha conduzido, o processo da evolução. Mas isso não é o que a Bíblia diz.
O relato bíblico da criação não contradiz o que a ciência descobriu a respeito das variações que ocorrem dentro de uma categoria

·  De acordo com a Bíblia, Jeová Deus criou todas as categorias básicas de animais e plantas. A Bíblia também diz que ele criou um homem e uma mulher perfeitos, que eram capazes de amar, de ser justos, sábios e autoconscientes.

·  As categorias de animais e plantas que Deus criou sofreram variações ao longo do tempo. Essas variações resultaram nas espécies conhecidas atualmente, que, em muitos casos, são bem diferentes umas das outras, mas continuam pertencendo às suas categorias.

·  O relato bíblico da criação não contradiz o que a ciência descobriu a respeito das variações que ocorrem dentro de uma categoria.


Conclusão: - Os ensinos inadequados sobre Deus e o Senhor Jesus exigiram da Igreja desde muito cedo uma definição sobre o assunto. Os principais credos iniciam declarando que Deus é o Criador de todas as coisas no céu e na terra. Trata-se de um resumo do que ensina a Bíblia desde Gênesis até Apocalipse. Era uma resposta aos diversos conceitos errôneos dos gnósticos sobre Deus. O contexto hoje exige uma resposta similar, pois são muitos os nossos desafios. Devemos estar preparados para combater a indiferença religiosa e o ceticismo à nossa volta que tanto têm contaminado vizinhos, colegas de escola e também do trabalho.

  
Lição Elaborada pela Professora,
                                                  Pastora, Maria Valda
Pastora da ADMEP



Bibliografia –
A Revista Bíblica da CPAD. 3º Trimestre/2017



                                     

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