sexta-feira, 20 de abril de 2018

“SALVAÇÃO – O AMOR E A MISERICÓRDIA DE DEUS”




ADMEP

Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical


SALVAÇÃO – O AMOR E A MISERICÓRDIA DE DEUS

Texto Áureo:

“Vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia. ”

 (I Pe 2. 10)



Verdade Prática:

A partir de seu amor misericordioso, aprouve a Deus enviar seu Filho para morrer em lugar da humanidade.


Leitura Bíblica em Classe

I João 4. 13 – 19

Introdução: - Na lição de hoje estudaremos a respeito do amor e misericórdia de Deus no perfeito plano divino da salvação. Por méritos próprios, nenhum ser humano alcançaria a dádiva da salvação, pois ela é, e continuará sendo, resultado da graça, do favor do Pai. Contudo, é difícil para nós, seres imperfeitos e limitados, compreender o amor altruísta e a misericórdia de Deus em nosso favor. Mas Ele nos amou! E assim como o Pai nos amou e nos perdoou, nós como filhos seus, precisamos também amar e sermos misericordiosos, pois agindo com amor e misericórdia, estaremos glorificando o nome dEle.

A salvação é obra do imenso amor de Deus e de sua misericórdia. Essa obra só foi possível porque o Pai amou tanto a humanidade a ponto de dar o seu próprio Filho para morrer no lugar dela. Assim, por intermédio de sua misericórdia, Deus concedeu perdão ao pecador, fazendo deste seu filho por adoção, dando-lhe vida em abundância.

I.             O MARAVILHOSO AMOR DE DEUS

1)           Deus é amor. – Se é difícil dimensionar o amor da mãe pelos filhos, imagine o amor de Deus, que é mais profundo e incomensurável (Is 49. 15; Oseias 11. 1 – 4). Amar reflete a natureza do próprio Deus, pois Ele é amor (I Jo 4. 8, 16; Jo 3. 16). “Porque Deus amou...” (agapao) (o verbo). Amor incondicional, amor por escolha e por um gesto da vontade. A palavra denota benevolência inconquistável e boa vontade invencível.  Agapao nunca procura nada, a não ser o bem maior para a humanidade companheira. Agapao (o verbo) e ágape (o substantivo) são palavras para o amor incondicional de Deus. Não precisa química, afinidade ou sentimento). Agapao é uma palavra que pertence exclusivamente à comunidade cristã. É um amor virtualmente desconhecido para os escritores de fora do NT. Deus é ágape. Assim, a maior demonstração do amor de Deus pelo mundo foi quando Ele entregou vicariamente o seu amado Filho (Rm 5. 8; 2 Co 5. 14; Gl 2.20). Logo, o objeto desse amor vai muito além da Criação, pois tem, na humanidade, seu valor monumental. (Jo 3. 16).

2)       Um amor que não se pode conter. – Deus sempre amou o ser humano. A criação do homem e da mulher, por si mesma, é a prova desse amor divino (Gn 1.  26, 27; Jo 3. 16), “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira...” a expressão de “tal maneira” enfatiza a intensidade ou grandeza do amor de Deus. O Pai deu o seu único e amado Filho para morrer em favor dos homens pecadores.

3)         A certeza do amor de Deus. – Deus não é como nós, jamais abandona os seus filhos, ainda que estes o tenham ofendido (Lc 15. 11 – 32): A Parábola do Filho Pródigo: O pai retrata Deus, ansioso por perdoar o pecador e desejando a sua volta. O Amor de Deus não se baseia no ser humano, objeto de seu amor, mas nele mesmo (Dt 7. 6,7), a fonte inesgotável de amor.

II.             UM DEUS MISERICORDIOSO

2.1.     O que é misericórdia? - A palavra Misericórdia tem origem latina, e é formada pela junção de miserere ter compaixão”, e cordiscoração”. “Ter compaixão de coração”, significa ter a capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente; aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém; ser solidário com as pessoas. Portanto, a Misericórdia é um sentimento de compaixão, despertado pela desgraça ou pela miséria alheia.

ü   No Antigo Testamento as palavras que falam de Misericórdia são: Hesed e Rahªmim.

Hesed, que significa favor não merecido, afabilidade, benevolência e denota graça divina e Misericórdia. O termo em hebraico “hesed”, também indica uma profunda atitude de «bondade». Quando esta disposição se estabelece entre duas pessoas, estas passam a ser, não apenas benévolas uma para com a outra, mas também reciprocamente fiéis por força de um compromisso interior.

ü   No Novo Testamento. O termo Misericórdia no Novo Testamento é identificado com o substantivo grego “eleos”. Também é definido com o verbo grego “eleao”. Tanto o substantivo como o verbo significam o sentimento que é experimentado no infortúnio que aflige a outra pessoa e a ação que decorre desse sentimento. Portanto, a Misericórdia de Deus no Novo Testamento se revela como um amor compassivo que vai onde há sofrimento e cura todo tipo de males, mas também revela que é um Deus que perdoa, reconcilia e regenera o homem. Jesus dá mostras constantes dessa Misericórdia em sentimento e em obras: à multidão (Mc 6,34) aos doentes (Mt 14,4), à viúva (Lc 7,13). Também revela o perfil do Pai como sendo um Deus rico em Misericórdia (Lc 15,20).

2.2. O Pai da misericórdia. -  A Bíblia afirma que Deus é o Pai da misericórdia (2 Co 1. 3; Êx 34. 6; Jn 4. 2). Paulo tomou emprestado da linguagem litúrgica dos judeus e de uma oração da sinagoga que pedia a Deus para tratar cada pecador com bondade, amor e carinho (Rm 12. 1; 2 Sm 24. 14; Sl 103. 13 – 14; Mq 7. 18 -20).

2.3.     Misericórdia com o pecador. - Rahªmim o matiz do seu significado é um pouco diverso do significado de hesed. Enquanto hesed acentua as características da fidelidade para consigo mesmo e da “responsabilidade pelo próprio amor”; rahªmim denota o amor da mãe (rehem= seio materno). Do vínculo mais profundo e originário da unidade que liga a mãe ao filho, brota uma particular relação com ele, um amor particular. Deste amor pode-se dizer que é totalmente gratuito, não fruto de merecimento, e que, sob este aspecto, constitui uma necessidade interior: é uma exigência do coração. Sobre este fundo psicológico, rahªmim dá origem a uma gama de sentimentos, entre os quais a bondade, a ternura, a paciência e a compreensão, florescem como prontidão para perdoar. (Lc 15. 11, 12), o pai retrata Deus, ansioso por perdoar o pecador e desejando a sua volta. A característica principal, porém, como acontece com as outras parábolas desse capítulo, é a alegria de Deus, as celebrações que enchem o céu quando um pecador se arrepende. – Deus é um Pai misericordioso.

                         
III.        AMOR, BONDADE E COMPAIXÃO NA VIDA DO SALVO

3.1.     Amor como adoração a Deus. –  O mandamento bíblico convida o ser humano a amar o Senhor Deus acima de todas as coisas (Dt 6 .5; Mc 12. 29, 30). Isto não é apenas uma lei moral, mas um sentimento de profunda devoção de coração; uma necessidade concedida pelo Altíssimo ao homem para que este desfrute do deleite de sua presença. (Dt 30. 6). “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus. ” Em primeiro lugar na lista de tudo, era essencial que um judeu comprometido devia sem reservas e sinceramente confessar, era amor a Deus. Já que esse relacionamento de amor a Deus não podia ser representado de modo material como no caso de ídolos, devia ser demonstrado em obediência diária à lei de Deus. (Dt 11. 16 -21; Mt 22. 37; Lc 10. 27).

3.2.     Amar ao próprio. – Porque o amor de Cristo nos constrange” (2 Co 5. 14; Mt 22. 38; Mc 12. 31); Jesus levou a pergunta dos fariseus um passo adiante ao identificar o segundo maior mandamento, porque ele era fundamental para uma compreensão da tarefa de amar como um todo. Esse mandamento, também dos livros de Moisés (Lv 19. 18), é da mesma natureza e caráter do primeiro. O amor genuíno por Deus é seguido em importância por um genuíno amor pelas pessoas (Mt 22. 39). “Amar uns aos outros” é a maneira mais eficaz de demonstrar ao mundo que somos seguidores de Jesus (Jo 13. 34, 35). – “Novo mandamento ... assim como eu vos amei”. O mandamento para amar não era novo. Em Dt 6. 5 há a ordem para amar a Deus e Lv 19. 18 ordenou amar o próximo como a si mesmo (cf. Mt 22. 34 – 40; Rm 13. 8 – 10; Gl 5. 14; Tg 2. 8). Entretanto, o mandamento de Jesus de amar apresenta um padrão distintamente novo por duas razões: 1) – era amor sacrificial modelado segundo o amor dele (“como eu vos amei”; cf. 15. 13) e 2) – é produzido por meio da Nova Aliança pelo poder transformador do Espírito Santo (cf. Jr 31. 29 – 34; Ez 36. 24 – 26; Gl 5. 22).

3.3.     Amor como serviço diaconal. – Quando Jesus lavou os pés dos discípulos, Ele ensinou, na prática, um estilo de vida que deveria caracterizar seus discípulos (Jo 13. 14), ou seja, o de um servir ao outro. “Amar uns aos outros” é a maneira mais eficaz de demonstrar ao mundo que somos seguidores de Jesus (Jo 13. 35; Mt 5. 7; Tg 2. 13). A pessoa cuja vida é caracterizada pela misericórdia está preparada para o dia do juízo e escapará de todas as acusações que a justiça rigorosa poderá apresentar contra ela, ao mostrar misericórdia para com os outros, ela dá prova genuína de que recebeu a misericórdia de Deus.


Conclusão: - O amor e a misericórdia de Deus extrapolam a compreensão humana, pois ainda que se usem os melhores recursos linguísticos, estes não seriam capazes de descrever quão incomensuráveis são essas virtudes divinas. Nem mesmo o amor de uma mãe pelo seu Filho é capaz de sobrepor o amor e a misericórdia de nosso Deus. Por isso, resta-nos expressar esse amor em nossa relação com cada criatura.



Fonte de Pesquisas:
A Revista da CPAD – A Obra da Salvação – 4º Trimestre de 2017.
Bíblia de Estudo MacArthur – SBB.

Lição elaborada pela prof. ª Maria Valda

Pastora da ADMEP.





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