ADMEP
Departamento de Educação Cristã
Escola
Bíblica Dominical
“SALVAÇÃO
– O AMOR E A MISERICÓRDIA DE DEUS”
Texto Áureo:
“Vós que, em outro tempo, não éreis
povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia,
mas, agora, alcançastes misericórdia. ”
(I Pe 2. 10)
Verdade Prática:
A
partir de seu amor misericordioso, aprouve a Deus enviar seu Filho para morrer
em lugar da humanidade.
Leitura Bíblica em
Classe
I João 4. 13
– 19
Introdução:
- Na lição de hoje
estudaremos a respeito do amor e
misericórdia de Deus no perfeito plano divino da salvação. Por méritos
próprios, nenhum ser humano alcançaria a dádiva da salvação, pois ela é, e
continuará sendo, resultado da graça, do favor do Pai. Contudo, é difícil para
nós, seres imperfeitos e limitados, compreender o amor altruísta e a
misericórdia de Deus em nosso favor. Mas Ele nos amou! E assim como o Pai nos
amou e nos perdoou, nós como filhos seus, precisamos também amar e sermos
misericordiosos, pois agindo com amor e misericórdia, estaremos glorificando o
nome dEle.
A salvação é obra do imenso
amor de Deus e de sua misericórdia. Essa obra só foi possível porque o Pai amou
tanto a humanidade a ponto de dar o seu próprio Filho para morrer no lugar
dela. Assim, por intermédio de sua misericórdia, Deus concedeu perdão ao
pecador, fazendo deste seu filho por adoção, dando-lhe vida em abundância.
I.
O MARAVILHOSO AMOR DE
DEUS
1)
Deus é amor. – Se é difícil dimensionar o amor da mãe pelos filhos,
imagine o amor de Deus, que é mais profundo e incomensurável (Is 49. 15; Oseias
11. 1 – 4). Amar reflete a natureza do próprio Deus, pois Ele é amor (I Jo 4.
8, 16; Jo 3. 16). “Porque Deus amou...”
(agapao) (o verbo). Amor incondicional, amor por escolha e por um gesto da
vontade. A palavra denota benevolência inconquistável e boa vontade invencível.
Agapao
nunca procura nada, a não ser o bem maior para a humanidade
companheira. Agapao (o verbo)
e ágape (o substantivo) são
palavras para o amor incondicional de Deus. Não precisa química, afinidade ou
sentimento). Agapao é uma palavra que pertence exclusivamente à comunidade
cristã. É um amor virtualmente desconhecido para os escritores de fora do NT.
Deus é ágape. Assim, a maior demonstração do amor de Deus pelo mundo foi quando
Ele entregou vicariamente o seu amado Filho (Rm 5. 8; 2 Co 5. 14; Gl 2.20).
Logo, o objeto desse amor vai muito além da Criação, pois tem, na humanidade,
seu valor monumental. (Jo 3. 16).
2) Um amor que não se pode conter. – Deus sempre amou o ser humano. A criação do
homem e da mulher, por si mesma, é a prova desse amor divino (Gn 1. 26, 27; Jo 3. 16), “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira...” a expressão de “tal maneira” enfatiza a intensidade
ou grandeza do amor de Deus. O Pai deu o seu único e amado Filho para morrer em
favor dos homens pecadores.
3) A certeza do amor de Deus. – Deus não é como nós, jamais abandona os seus
filhos, ainda que estes o tenham ofendido (Lc 15. 11 – 32): A Parábola do
Filho Pródigo: O pai retrata Deus, ansioso por perdoar o pecador e
desejando a sua volta. O Amor de Deus não se baseia no ser humano, objeto de
seu amor, mas nele mesmo (Dt 7. 6,7), a fonte inesgotável de amor.
II.
UM DEUS MISERICORDIOSO
2.1. O que é misericórdia? - A
palavra Misericórdia tem origem latina,
e é formada pela junção de miserere “ter
compaixão”, e cordis “coração”. “Ter
compaixão de coração”, significa ter a capacidade de sentir aquilo que
a outra pessoa sente; aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém; ser
solidário com as pessoas. Portanto, a Misericórdia é um sentimento
de compaixão, despertado pela desgraça ou pela miséria alheia.
ü
No Antigo
Testamento as palavras que falam de Misericórdia são: Hesed e Rahªmim.
Hesed,
que significa favor não merecido, afabilidade, benevolência e denota graça
divina e Misericórdia. O termo em hebraico “hesed”,
também indica uma profunda atitude de «bondade».
Quando esta disposição se estabelece entre duas pessoas, estas passam a ser,
não apenas benévolas uma para com a outra, mas também reciprocamente fiéis por
força de um compromisso interior.
ü No Novo Testamento. O
termo Misericórdia no Novo Testamento é identificado com o substantivo grego “eleos”.
Também é definido com o verbo grego “eleao”. Tanto o substantivo como o
verbo significam o sentimento que é experimentado no infortúnio que aflige a
outra pessoa e a ação que decorre desse sentimento. Portanto, a Misericórdia de Deus no Novo
Testamento se revela como um amor
compassivo que vai onde há sofrimento e cura todo tipo de males, mas também
revela que é um Deus que perdoa, reconcilia e regenera o homem. Jesus dá mostras constantes dessa Misericórdia
em sentimento e em obras: à multidão (Mc 6,34) aos doentes (Mt 14,4), à viúva
(Lc 7,13). Também revela o perfil do Pai como sendo um Deus rico em
Misericórdia (Lc 15,20).
2.2. O Pai da misericórdia. - A Bíblia afirma que Deus é
o Pai da misericórdia (2 Co 1. 3; Êx
34. 6; Jn 4. 2). Paulo tomou emprestado da linguagem litúrgica dos judeus e de
uma oração da sinagoga que pedia a Deus para tratar cada pecador com bondade,
amor e carinho (Rm 12. 1; 2 Sm 24. 14; Sl 103. 13 – 14; Mq 7. 18 -20).
2.3.
Misericórdia com o pecador. - Rahªmim
o matiz do seu significado é um pouco diverso do significado de hesed. Enquanto
hesed acentua as características da fidelidade para consigo mesmo e da
“responsabilidade pelo próprio amor”; rahªmim denota o amor da mãe (rehem= seio materno). Do vínculo mais
profundo e originário da unidade que liga a mãe ao filho, brota uma particular
relação com ele, um amor particular. Deste amor pode-se dizer que é totalmente
gratuito, não fruto de merecimento, e que, sob este aspecto, constitui uma
necessidade interior: é uma exigência do coração. Sobre este fundo psicológico,
rahªmim dá origem a uma gama de sentimentos, entre os quais a bondade, a
ternura, a paciência e a compreensão, florescem como prontidão para perdoar.
(Lc 15. 11, 12), o pai retrata Deus, ansioso por perdoar o pecador e desejando
a sua volta. A característica principal, porém, como acontece com as outras
parábolas desse capítulo, é a alegria de Deus, as celebrações que enchem o céu
quando um pecador se arrepende. – Deus é um Pai misericordioso.
III. AMOR, BONDADE E COMPAIXÃO NA VIDA DO SALVO
3.1. Amor como
adoração a Deus.
– O mandamento bíblico convida o ser humano a amar o
Senhor Deus acima de todas as coisas (Dt 6 .5; Mc 12. 29, 30). Isto não
é apenas uma lei moral, mas um sentimento de profunda devoção de coração; uma
necessidade concedida pelo Altíssimo ao homem para que este desfrute do deleite
de sua presença. (Dt 30. 6). “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus. ”
Em primeiro lugar na lista de tudo, era essencial que um judeu comprometido
devia sem reservas e sinceramente confessar, era amor a Deus. Já que esse
relacionamento de amor a Deus não podia ser representado de modo material como
no caso de ídolos, devia ser demonstrado em obediência diária à lei de Deus.
(Dt 11. 16 -21; Mt 22. 37; Lc 10. 27).
3.2. Amar ao
próprio.
– “Porque o amor de Cristo nos constrange” (2 Co 5. 14; Mt 22. 38; Mc
12. 31); Jesus levou a pergunta dos fariseus um passo adiante ao identificar o
segundo maior mandamento, porque ele era fundamental para uma compreensão da
tarefa de amar como um todo. Esse mandamento, também dos livros de Moisés (Lv
19. 18), é da mesma natureza e caráter do primeiro. O amor genuíno por Deus é
seguido em importância por um genuíno amor pelas pessoas (Mt 22. 39). “Amar
uns aos outros” é a maneira mais eficaz de demonstrar ao mundo que
somos seguidores de Jesus (Jo 13. 34,
35). – “Novo mandamento ... assim como eu vos amei”. O mandamento para
amar não era novo. Em Dt 6. 5 há a ordem para amar a Deus e Lv 19. 18 ordenou
amar o próximo como a si mesmo (cf. Mt 22. 34 – 40; Rm 13. 8 – 10; Gl 5. 14; Tg
2. 8). Entretanto, o mandamento de Jesus de amar apresenta um padrão
distintamente novo por duas razões: 1)
– era amor sacrificial modelado segundo o amor dele (“como eu vos amei”; cf.
15. 13) e 2) – é produzido por meio
da Nova Aliança pelo poder
transformador do Espírito Santo (cf. Jr 31. 29 – 34; Ez 36. 24 – 26; Gl 5. 22).
3.3. Amor como
serviço diaconal.
– Quando Jesus lavou os pés
dos discípulos, Ele ensinou, na prática, um estilo de vida que deveria
caracterizar seus discípulos (Jo 13. 14), ou seja, o de um servir ao outro. “Amar
uns aos outros” é a maneira mais eficaz de demonstrar ao mundo que
somos seguidores de Jesus (Jo 13. 35; Mt 5. 7; Tg 2. 13). A pessoa cuja vida é caracterizada pela
misericórdia está preparada para o dia do juízo e escapará de todas as
acusações que a justiça rigorosa poderá apresentar contra ela, ao mostrar
misericórdia para com os outros, ela dá prova genuína de que recebeu a
misericórdia de Deus.
Conclusão: - O amor e a misericórdia de Deus extrapolam a
compreensão humana, pois ainda que se usem os melhores recursos linguísticos,
estes não seriam capazes de descrever quão incomensuráveis são essas virtudes
divinas. Nem mesmo o amor de uma mãe pelo seu Filho é capaz de sobrepor o amor
e a misericórdia de nosso Deus. Por isso, resta-nos expressar esse amor em
nossa relação com cada criatura.
Fonte de Pesquisas:
A Revista da
CPAD – A Obra da Salvação – 4º Trimestre de 2017.
Bíblia de Estudo MacArthur – SBB.
Lição elaborada pela prof. ª Maria Valda
Pastora da ADMEP.
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