sexta-feira, 27 de abril de 2018

“A OBRA SALVÍFICA DE JESUS CRISTO”


ADMEP


Departamento de Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical


A OBRA SALVÍFICA DE JESUS CRISTO


Texto Áureo:

E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. É, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

 (João 19. 30)


Verdade Prática:

A obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegar-nos a Deus sem culpa e chamá-lo de “Pai”.


Leitura Bíblica em Classe

João 19. 23 – 30

Introdução: - A obra salvífica de Cristo é a coluna central no templo da redenção divina. É o sustentáculo que carrega a maior parte do peso, sem o qual a estrutura jamais poderia ter sido completada. Podemos compará-la também ao eixo em torno do qual gira toda a atividade de Deus na revelação.

A obra salvífica de Cristo custou um alto preço ao nosso Senhor – seu próprio sangue derramado na cruz. Sua obra nos garante a salvação porque foi uma oferta completa, perfeita e definitiva. Por causa dessa entrega de amor, temos a garantia da vida eterna e, antecipadamente, podemos desfrutar, neste mundo, dos benefícios dessa salvação.

I.             O SACRIFÍCIO DE JESUS

1.1.     O sacrifício completo: - O significado de salvação. O estudo da obra salvífica de Cristo deve começar pelo AT, onde descobrimos, nas ações e palavras divinas, a natureza redentora de Deus. Descobrimos tipos e predições específicos daquele que estava para vir e do que  Ele estava para fazer.  Os escritores sagrados empregam várias palavras que fazem referência ao conceito geral de “livramento” ou “salvação”, seja no sentido natural, jurídico ou espiritual. O enfoque recai em dois verbos: natsal e yasha. O primeiro ocorre 212 vezes, mais frequentemente com o significado de “livrar” ou “libertar”. O emprego do verbo indica haver em vista uma “salvação” física, pessoal ou nacional. O termo assume ainda conotação espiritual: a salvação mediante o perdão dos pecados.

A raiz yasha ocorre 354 vezes, sendo a maior concentração nos salmos e nos livros proféticos (cem vezes). Significa “salvar”, “livrar”, “conceder vitória” ou “ajudar”.


1.2.     O sacrifício meritório: - mediante o sacrifício vicário de Jesus Cristo, isto é, Ele morrer, não para seu próprio bem, mas para o bem dos outros (Rm 5. 8; 8. 32; Mc 10.45; Ef 5.2). Os méritos são dEle e não nosso. O único mérito aceito por Deus nesta Nova Aliança é o Sacrifício vicário realizado definitivamente por Cristo Jesus (Hb 10. 11, 12).

1.3.     O sacrifício remidor: - O sacrifício de Cristo aparece nas Escrituras como redenção para trazer de volta a integridade humana e restabelecer o caráter dele (2 Co 7. 9, 10; 2 Pe 3. 9). Assim, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo (2 Co 5. 19), já que a humanidade foi criada para viver em comunhão com o Pai, em pleno relacionamento de dependência com o Criador (At 17. 28). Portanto, o sacrifício de Jesus foi completo, meritório e remidor.

II.             A NOSSA RECONCILIAÇÃO

2.1.     O fim da inimizade: - nos reconciliou consigo mesmo”. (2 Co 5. 18). A reconciliação é um dos aspectos da obra de Cristo como redenção.  Refere-se à restauração do pecador à comunhão com Deus. Mediante a morte expiatória de Cristo, Deus removeu a barreira do pecado e abriu um caminho para a volta do pecador a Deus (v. 19); Rm 3. 25; 5. 10; Ef 2. 15, 16). Através do sacrifício expiatório, houve um reparo. O sacrifício expiatório visa a remir a culpa. Pela morte de Cristo, foram anulados a culpa e o poder do pecador, que fazem separação entre Deus e o homem. E assim, a causa da inimizade foi eliminada e abriu-se um novo e vivo caminho em direção ao Pai (Hb 10. 20).


2.2.     A eliminação da causa da inimizade. -  O pecado é a causa da inimizade entre Deus e a humanidade (Is 59. 1 – 3). A nossa reconciliação com o Pai é resultado direto do sacrifício de Jesus Cristo. O NT ensina com clareza que a obra salvífica de Cristo é um trabalho de reconciliação. Pela sua morte, Ele removeu todas as barreiras entre Deus e nós. No NT, o assunto em pauta é primariamente o relacionamento entre Deus e a humanidade. A obra reconciliadora de Cristo restaura-nos ao favor de Deus porque “foi tirada a diferença entre os livros contábeis” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal).


2.3.     A vivificação. Uma vez reconciliados com Deus, fomos vivificados por Ele quando estávamos mortos em ofensas e pecados. (Ef 2. 1, 5; Rm 5. 17). O Espírito Santo operou em nós, produzindo vida espiritual como fonte transbordante, injetando em nós sede pela presença de Deus. (Ef 2. 5) “Estando nós mortos... os deu vida”. Mais de qualquer outra coisa, uma pessoa morta espiritualmente precisa ser vivificada por Deus. A salvação traz vida espiritual ao morto. O poder que ressuscita os cristãos da morte e os vivifica (Rm 6. 1 – 7) é o mesmo poder que energiza todos os aspectos da vida cristã (Rm 6. 11 – 13).


III.             A REDENÇÃO ETERNA

3.1.  O estado perdido do pecador.O pecado normalmente é concebido como falha moral e ética, no sentido de errar o alvo proposto por Deus, mas o seu conceito vai muito além disso. As Escrituras revelam que o pecado é um estado de alienação (separação) diante de Deus e que as pessoas, ao não confessarem a Cristo como seu Senhor, são escravas do pecado (Rm 5. 12; Jo 8.34). Adão passou a todos os seus descendentes a herança da natureza pecaminosa que ele possuía por causa de sua primeira desobediência. Essa natureza está presente a partir do momento da concepção (Sl 51. 5).


3.2.   A redenção do pecador A redenção é um ato de remir, isto é, libertar, reabilitar, reparar e salvar algo ou alguém. A Redenção. “No NT, Jesus é tanto o “Resgatador” quanto o “resgate”; os pecadores perdidos são os “resgatados”. Ele declara que veio “para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20. 28; Mc 10. 45). Era um “livramento efetivado mediante a morte de Cristo, que libertou da ira retributiva de Deus e da penalidade merecida do pecado”.  Paulo liga nossa justificação e o perdão dos pecados à redenção que há em Cristo (Rm 3. 24; Cl 1. 14; I Co 1. 30). Deus imputou o pecado do ser humano na conta de Cristo na sua morte sacrificial (Is 53. 4-5; 1 Pe 2; 24), e imputou a obediência perfeita à lei de Deus por Cristo aos cristãos.

3.3.     Uma redenção plena.A condição de redimido não traz benefícios somente para o tempo presente, mas garantia de vida eterna, de morar para sempre com Cristo no paraíso celestial (Ap 19. 9; Lc 23; 43). Redenção. A imagem por trás dessa palavra grega vem do antigo mercado de escravos. Significava o pagamento do resgate necessário para obter a libertação do prisioneiro ou do escravo.  O único pagamento adequado para redimir os pecadores da escravidão do pecado e de seu castigo merecido era “em Cristo Jesus” (I Tm 2. 6; 1 Pe 1. 18 – 19), e foi pago a Deus para satisfazer a sua justiça.


Conclusão: - O alto preço do resgate pago por Cristo (Mc 10. 45) em nosso favor leva-nos a glorificar a Deus em todas as dimensões da vida. Logo, por meio da evangelização, desejamos fazer com que milhares de pessoas tenham o privilégio de receber essa tão grande salvação. O preço do resgate foi pago a Deus para satisfazer a sua própria justiça e santa Ira pelo pecado. Ao pagá-lo, Cristo carregou “ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2. 24).


Lição elaborada pela prof. ª Maria Valda
Pastora da ADMEP.





Fonte de Pesquisas:
A Revista da CPAD – A Obra da Salvação – 4º Trimestre de 2017.
Bíblia de Estudo MacArthur – SBB.
(HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal).

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