ADMEP
Departamento de
Educação Cristã
Escola Bíblica Dominical
“A OBRA SALVÍFICA DE JESUS CRISTO”
Texto Áureo:
“E,
quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. É, inclinando a cabeça,
entregou o espírito. ”
(João 19. 30)
Verdade Prática:
A
obra salvífica de Cristo nos deu o privilégio de achegar-nos a Deus sem culpa e
chamá-lo de “Pai”.
Leitura Bíblica em
Classe
João 19. 23 –
30
Introdução:
- A obra salvífica de Cristo é a coluna central no
templo da redenção divina. É o sustentáculo que carrega a maior parte do peso,
sem o qual a estrutura jamais poderia ter sido completada. Podemos compará-la
também ao eixo em torno do qual gira toda a atividade de Deus na revelação.
A obra salvífica de Cristo custou um alto preço ao
nosso Senhor – seu próprio sangue derramado na cruz. Sua obra nos garante a
salvação porque foi uma oferta completa, perfeita e definitiva. Por causa dessa
entrega de amor, temos a garantia da vida eterna e, antecipadamente, podemos
desfrutar, neste mundo, dos benefícios dessa salvação.
I.
O SACRIFÍCIO DE JESUS
1.1.
O sacrifício completo: - O significado de salvação. O estudo da obra salvífica de Cristo deve
começar pelo AT, onde descobrimos, nas ações e palavras divinas, a natureza
redentora de Deus. Descobrimos tipos e predições específicos daquele que estava
para vir e do que Ele estava para fazer. Os escritores sagrados empregam várias palavras
que fazem referência ao conceito geral de “livramento”
ou “salvação”, seja no sentido natural, jurídico ou espiritual. O enfoque recai em dois verbos: natsal e yasha. O primeiro ocorre 212 vezes, mais
frequentemente com o significado de “livrar”
ou “libertar”. O emprego do
verbo indica haver em vista uma “salvação”
física, pessoal ou nacional. O termo assume ainda conotação espiritual: a salvação mediante o perdão dos pecados.
A raiz yasha ocorre 354 vezes, sendo a maior
concentração nos salmos e nos livros proféticos (cem vezes). Significa “salvar”, “livrar”, “conceder vitória”
ou “ajudar”.
1.2. O sacrifício meritório: - mediante o sacrifício
vicário de Jesus Cristo, isto é, Ele morrer, não para seu próprio bem,
mas para o bem dos outros (Rm 5. 8; 8. 32; Mc 10.45; Ef 5.2). Os méritos são
dEle e não nosso. O único mérito aceito por Deus nesta Nova Aliança é o Sacrifício
vicário realizado definitivamente por Cristo Jesus (Hb 10. 11, 12).
1.3. O sacrifício remidor: - O sacrifício de Cristo aparece nas Escrituras como
redenção para trazer de volta a integridade humana e restabelecer o caráter
dele (2 Co 7. 9, 10; 2 Pe 3. 9). Assim, Deus estava em Cristo reconciliando o mundo
consigo mesmo (2 Co 5. 19), já que a humanidade foi criada para viver em comunhão
com o Pai, em pleno relacionamento de dependência com o Criador (At 17. 28). Portanto,
o sacrifício de Jesus foi completo, meritório e remidor.
II.
A NOSSA RECONCILIAÇÃO
2.1. O fim da inimizade: - “nos
reconciliou consigo mesmo”. (2 Co 5. 18). A reconciliação é um dos
aspectos da obra de Cristo como redenção.
Refere-se à restauração do pecador à comunhão com Deus. Mediante a morte
expiatória de Cristo, Deus removeu a barreira do pecado e abriu um caminho para
a volta do pecador a Deus (v. 19); Rm 3. 25; 5. 10; Ef 2. 15, 16). Através do
sacrifício expiatório, houve um reparo. O sacrifício expiatório visa a remir a
culpa. Pela morte de Cristo, foram anulados a culpa e o poder do pecador, que
fazem separação entre Deus e o homem. E assim, a causa da inimizade foi
eliminada e abriu-se um novo e vivo caminho em direção ao Pai (Hb 10. 20).
2.2. A eliminação da causa da inimizade. - O pecado é a causa da inimizade entre Deus e a
humanidade (Is 59. 1 – 3). A nossa reconciliação com o Pai é resultado direto
do sacrifício de Jesus Cristo. O NT ensina com clareza que a obra salvífica de
Cristo é um trabalho de reconciliação. Pela sua morte, Ele removeu todas as
barreiras entre Deus e nós. No NT, o assunto em pauta é primariamente o relacionamento
entre Deus e a humanidade. A obra reconciliadora de Cristo restaura-nos ao
favor de Deus porque “foi tirada a diferença entre os livros contábeis” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva pentecostal).
2.3. A vivificação. – Uma
vez reconciliados com Deus, fomos vivificados por Ele quando estávamos mortos
em ofensas e pecados. (Ef 2. 1, 5; Rm 5. 17). O Espírito Santo operou em nós,
produzindo vida espiritual como fonte transbordante, injetando em nós sede pela
presença de Deus. (Ef 2. 5) “Estando nós mortos... os deu vida”. Mais
de qualquer outra coisa, uma pessoa morta espiritualmente precisa ser
vivificada por Deus. A salvação traz vida espiritual ao morto. O poder que
ressuscita os cristãos da morte e os vivifica (Rm 6. 1 – 7) é o mesmo poder que
energiza todos os aspectos da vida cristã (Rm 6. 11 – 13).
III.
A REDENÇÃO ETERNA
3.1. O estado
perdido do pecador.
– O
pecado normalmente é concebido como falha moral e ética, no sentido de errar o
alvo proposto por Deus, mas o seu conceito vai muito além disso. As Escrituras
revelam que o pecado é um estado de alienação (separação) diante de Deus e que
as pessoas, ao não confessarem a Cristo como seu Senhor, são escravas do pecado
(Rm 5. 12; Jo 8.34). Adão passou a todos os seus descendentes a herança da
natureza pecaminosa que ele possuía por causa de sua primeira desobediência. Essa
natureza está presente a partir do momento da concepção (Sl 51. 5).
3.2. A redenção do
pecador –
A
redenção é um ato de remir, isto é, libertar, reabilitar, reparar e salvar algo
ou alguém. A Redenção. “No NT, Jesus é tanto o “Resgatador” quanto o “resgate”; os pecadores perdidos são os “resgatados”. Ele declara que veio “para
dar a sua vida em resgate de muitos” (Mt 20. 28; Mc 10. 45). Era um “livramento efetivado mediante a morte de
Cristo, que libertou da ira retributiva de Deus e da penalidade merecida do
pecado”. Paulo liga nossa justificação
e o perdão dos pecados à redenção que há em Cristo (Rm 3. 24; Cl 1. 14; I Co 1.
30). Deus imputou o pecado do ser humano na conta de Cristo na sua morte
sacrificial (Is 53. 4-5; 1 Pe 2; 24), e imputou a obediência perfeita à lei de
Deus por Cristo aos cristãos.
3.3. Uma redenção
plena.
– A
condição de redimido não traz benefícios somente para o tempo presente, mas
garantia de vida eterna, de morar para sempre com Cristo no paraíso celestial
(Ap 19. 9; Lc 23; 43). Redenção.
A imagem por trás dessa palavra grega vem do antigo mercado de escravos. Significava
o pagamento do resgate necessário para obter a libertação do prisioneiro ou do
escravo. O único pagamento adequado para
redimir os pecadores da escravidão do pecado e de seu castigo merecido era “em
Cristo Jesus” (I Tm 2. 6; 1 Pe 1. 18 – 19), e foi pago a Deus para
satisfazer a sua justiça.
Conclusão: - O alto preço
do resgate pago por Cristo (Mc 10. 45) em nosso favor leva-nos a glorificar a
Deus em todas as dimensões da vida. Logo, por meio da evangelização, desejamos
fazer com que milhares de pessoas tenham o privilégio de receber essa tão
grande salvação. O preço do resgate foi pago a Deus para satisfazer a sua própria
justiça e santa Ira pelo pecado. Ao pagá-lo, Cristo carregou “ele
mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2. 24).
Lição elaborada
pela prof. ª Maria Valda
Pastora da ADMEP.
Fonte de Pesquisas:
A Revista da CPAD – A Obra da Salvação – 4º Trimestre
de 2017.
Bíblia de Estudo MacArthur – SBB.
(HORTON,
Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal).
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